terça-feira, 26 de novembro de 2013

Metal Jam - uma celebração do underground carioca

"Se jogassem uma bomba no Circo àquela noite, o underground carioca acabava."

Acho que foi ouvir essa frase o que me motivou a escrever pela primeira vez neste blog (e talvez a última! He! He!) sobre um evento de cover, ou melhor, tributo a bandas famosas.
Realmente, uma parcela bem significativa das bandas autorais da cidade estavam lá na oitava edição do Metal Jam, marcando presença, prestando uma homenagem a suas fontes de inspiração.


Foram meses de preparo, entre organização e seleção de músicas e músicos a se apresentarem, ensaios, divulgação e tudo mais que envolve a produção desse evento. Acompanhei a movimentação desde a divisão das músicas pelos participantes até a criação da "bateria Frankenstein" com peças emprestadas por todos os bateristas participantes. Nada faltou, quando um equipamento porventura falhava, já havia outro no palco à disposição. Trocas rápidas entre músicos, conversa com a plateia entre uma banda e outra, de maneira a manter o público sempre ligado nas atrações.


Não posso esquecer as menções feitas às bandas autorais de cada participante durante a divulgação do evento e antes de subirem ao palco. Gostei muito de ver os nomes dos músicos projetados no fundo, fica como sugestão para o próximo projetar também a banda autoral, quando este pertencer a alguma.
Como já imaginava, por conhecer a competência de vários músicos participantes através de seus trabalhos autorais, as músicas foram executadas primorosamente. Pra mencionar algumas, estavam lá integrantes das bandas Painside, Scatha, Unmasked Brains, Empürios, Demolishment, Diva, Reckoning Hour, Hatefullmurder, No Remorse, Savant, Prophecy. Havia diversas outras, pena que não consigo lembrar agora.

A platéia, por já conhecer todas as músicas, correspondia com muita empolgação! É bonito ver uma resposta assim do público.


Sonho em ver um dia essa mesma resposta para os shows autorais dos músicos presentes, cujas músicas não ficam em nada a dever para aquelas apresentadas na noite do dia 24. Quem quiser conferir, não precisa nem pagar pra ver, basta baixar gratuitamente os MP3 dessas bandas, ou ouvi-las em webradios, sites de relacionamentos e outros específicos de música.

O evento foi bom demais! Fico sonhando com um desses só com os trabalhos autorais desses músicos talentosos, com uma a resposta de uma plateia entusiasmada como foi a daquela noite...



Para quem quiser saber todas as bandas que foram homenageadas, segue a lista: Iced Earth,  Lamb fo God, Tool, Amon Amarth, Death, Guns n' Roses, Nightwish, Lacuna Coil, Helloween, Faith no More, Avenged Sevenfold, Cannibal Corpse, Arch Enemy, System of a Down, Rammstein, Rush, After Forever, Dimmu Bogir, Skid Row, Sepultura, Blind Guardian, Led Zeppelin, Dio, Queen, My Dying Bride, AC/DC, Slipknot, Symplhony X, Angra, Testament, Pantera, Nightwish , Tool, Black Sabbath, Bon Jovi, Mettallica, Death... Ufa! Espero não ter esquecido nenhuma...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Cauldron - Entrevista exclusiva






A banda Cauldron está iniciando uma turnê aqui pelo Brasil. Seu primeiro show é amanhã e dia 27 estarão aqui no Rio, dividindo o palco com Forkill e Tamuya Thrash Tribe.

Conheçam um pouco mais sobre eles, através dessa entrevsita com o Jason, baixista e vocalista:

Cauldron tem um visual e um som dos anos 80. Quais são as principais influências da banda ?
Bem, acho que essa é a nossa era. Todos nascemos e crescemos na década de 80, que é a era da música que mais gostamos e admiramos. Houve um alto padrão de desempenho e produção nessa época. O que me iniciou e me abriu as comportas foi AC / DC e Metallica, mas eu tenho uma grande variedade de influências. Uma grande parte do velho Metal Blade coisas de power dos EUA , metal alemão, coisas canadenses , NWOBHM etc ... Curtimos um monte de coisas, o que é bom. Se eu tivesse que destacar algumas bandas, eu diria Sabbath, Priest e Scorps e Dokken , ou algo assim, mas não fica limitado a isso.

Eu vi alguns clipes de sua bada e dois deles me chamaram a atenção. Simplesmente amei! (All or Nothing e Nitebreaker) Diga-me algo sobre eles.
Bem, esses dois vídeos, conceitualmente eram colaborações entre nós e diretor Kevin Mcallister. O produto final teve mais do seu olhar. Nós queríamos fazer vídeos que fossem vistos várias vezes, ou pelo menos manter a pessoa assistindo até o final. Eles deram muito trabalho para realizar, mas divertido ao mesmo tempo.

A data está chegando! Dia 26 será o seu primeiro show no Brasil e 27 , o show no Rio de Janeiro. Quais são as suas expectativas? Especialmente, o que você espera da sua experiência no Rio?
Estou muito motivado agora e espero calor! Eu ouvi os fãs são loucos, então vamos ver. Estamos prontos para nos divertir!

Você já rodou a Europa e EUA, mas eu não vi nenhuma gravação de shows daqueles lugares em seu canal do YouTube. Você já deve saber que público brasileiro é muito receptivo e alegre. Podemos esperar alguns vídeos ao vivo de seus shows aqui ? Além disso, o que é uma boa presença de palco que tem.
Estamos trazendo um câmera junto nesta turnê, porque não sabemos o que esperar, mas quero ter certeza de que se alguma coisa acontecer, será capturada. Então, vamos ver o que se passa. Pelo menos teremos o Brasil documentado, espero conseguir usar essa filmagem para alguma coisa.

Em entrevistas a outros sites / blogs que você mencionou para desfrutar de descobrir bandas dos lugares que você visitou. Você já começou a sua pesquisa? Se sim, o que você achou ? Quer destacar algumas bandas do Rio?Veremos quando chegarmos aí. Eu não sei muito ainda, mas eu estou ansioso para descobrir e aprender muito mais sobre o Metal brasileiro...

Gostaria de deixar uma mensagem para os fãs do Rio de Janeiro ? Fique à vontade...
Vamos engrenar umas músicas e tomar uns goles, Vejo vocês em breve, estamos prontos pro  rock e ansiosos para bons momentos!

 Para saber mais:
Cauldron na Wikipedia
Cauldron no Reverbnation
Canal oficial no Youtube

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Piabetá Rock 6ª Edição

Como cheguei cedo desta vez, pude presenciar o momento em que a galera se reunia nas proximidades do bar onde foi o evento.
Um monte de gente vestida de preto ao longo do trilho do trem, era até bonito de se ver. Em Piabetá, a galera agita pra caramba e eu sabia que a plateia ia quebrar tudo mais uma vez.


Por motivos alheios à vontade da produção, o local original teve de ser mudado, saindo do Campão do Piabetá para os fundos do Bar do Celestino. Uma das vantagens é que o lugar era bastante amplo, apesar de simples: não havia palco. Uma desvantagem é que essa mudança repentina de lugar impossibilitaria o uso de iluminação especial. Pois é, impossibilitaria, assim, no futuro do pretérito. Isso porque a banda Unmasked Brains gentilmente cedeu todo seu equipamento de luz e estrutura de palco (que em geral é de uso exclusivo deles), da primeira à última banda.
Então, foi montado o suporte para os panos de fundo, canhão laser, luzes giratórias, luzes fixas, fumaça... Bem, olhando as fotos do antes e do depois, dá pra sentir qual foi a diferença!


Lá pelas 19 horas começaram os shows. A primeira banda a se apresentar foi Homúnculo. O trio mostrou a que veio com seu Deth/Hardcore, muito bem recebido pela plateia. Essa banda da baixada fluminense começou em 2012 e atualmente está  fazendo seu primeiro trabalho gravado.




Em seguida, apresentou-se Unmasked Brains.Esse foi o segundo show da banda na região, desta vez bem menos corrido, mas com a técnica apurada de sempre. Foi legal ver que uma parte da galera presente já estava um tanto familiarizada com as músicas deles. Durante este show, formou-se uma memorável roda apenas de mulheres. Segundo uns, chegou a ser mais brutal que a dos homens, tamanha a vontade delas de entrar na brincadeira.




O lugar esvaziou um pouco ao fim do show deles. Quem foi embora mais cedo perdeu os ótimos shows das bandas seguintes, além da chance de ganhar CDs das bandas.
A terceira a subir ao palco foi a Syren, com seu consagrado Heavy Metal clássico. Com um bom tempo de estrada, a banda coleciona shows no Brasil e no exterior. Atualmente, estão divulgando seu novo álbum, Heavy Metal, do qual eles sortearam alguns exemplares para a plateia.



Depois, veio a banda ForKill, com seu Thrash Metal puro e pesado no estilo Bay Area. Além de apresentarem as músicas do álbum atual, brindaram o público com uma música já do novo álbum. Também presentearam CDs à platéia.


A banda New Genp fechou o evento fazendo uma cover de Slipknot. Vestidos a caráter, chamavam a atenção da galera desde bem antes do início de seu show. Todos queriam tirar fotos com eles! Parecia até que a banda original tinha saído de São Paulo, onde se apresentaram no Monsters of Rock, e dado um pulinhho ali em Piabetá, nos fundos daquele bar...Tanto eles quanto a plateia agitaram bastante! Foi legal também ver o integrante da percussão trocar de lugar com o da bateria, no meio do show.

Ir a shows em Piabetá é sempre um prazer. Sabe por quê? A platéia é sensacional. Quem mora longe passa um certo perrengue pra chegar, principalmente por não conhecer bem as ruas e estradas da região. Ainda assim, o público é tão divertido e receptivo que vale vencer a distância.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Breathing Hate - Thrash puro e sem gelo


Esse álbum da banda Forkill foi feito para descer rasgando pela garganta... Ou melhor, pelos ouvidos. Suas 10 faixas influenciadas pelo som da Baía de São Francisco e pelas origens do metal no Brasil exalam um thrash puro e furioso, que irá agradar quem curte bandas como Exodus, Slayer, Testament e Metallica.


Breathing Hate tem músicas cheias de disposição, com riffs marcantes, intercalando andamentos ora moderados, ora vivazes. Baixo e bateria também são interessantes e merecem atenção do ouvinte. As participações especiais abrilhantam a obra, assim como a parte gráfica, muito bonita. Dito isso, não vou me alongar mais descrevendo as faixas do álbum, o que já foi feito em diversas resenhas na blogosfera.Vocês podem conferir as várias opiniões reunidas na fanpage da banda, que disponibiliza links para várias resenhas: http://www.facebook.com/forkill.thrash. Dá uma curtida lá!
De resto, prefiro deixar que o próprio Joe conte mais detalhes sobre Breathing Hate. Confiram!



Então, conte-me sobre Breathing Hate! Falem sobre o processo criativo, as interessantes parcerias com Robertinho de Recife e Roosevelt Bala, detalhes da gravação... Em outra ocasião (ver matéria aqui), vocês disseram que foi um bom desafio trabalhar com Robertinho e sobre as amizades geradas durante o trabalho com Roosevelt e André.
Realmente trabalhar com Robertinho foi uma lição que vamos guardar para o resto de nossas vidas e que com certeza nos deixou conhecimento que será para sempre aplicado nos CDs da Forkill.
O Bala e o André, apesar do pouquíssimo tempo que estiveram no estúdio (só participaram nos vocais do trecho de Metal Mania) foram muito simpáticos e somos muito agradecidos pela presença deles.

Por mais que se goste de todas as composições de um álbum, é complicado investir o mesmo tempo e esforço em todas. Assim, quais serão as principais músicas de trabalho de Breathing Hate?
Realmente é difícil escolher qual música se gosta mais, até por que hoje as que mais gostamos de tocar já são as do próximo CD. Acho que do Breathing Hate além da faixa título, que tem funcionado muito bem como abertura para os shows, Vendetta é a que mais curtimos pois é sempre um desafio por ser uma das músicas que, ao vivo, tocamos mais rápido.

Toda banda vivencia umas histórias meio loucas ou engraçadas (ou as duas coisas juntas) durante as gravações. Quer partilhar algumas delas?
Em um dos shows que fizemos recentemente com o Unmasked Brains e o Statik Majik havia um cartaz na porta anunciando um show de forró para a semana seguinte. Um bêbado não viu a data, pagou e entrou no local achando que se tratava do show de forró. Segundo os organizadores o cara saiu xingando, dizendo que éramos a pior banda de forró que ele já havia visto. Outra história é sobre a letra da música "No Rules", nós tínhamos acabado de finalizar a parte instrumental da música e eu já tinha a métrica para as letras porém estava travado no refrão, o Gus sugeriu que eu acompanhasse a progressão cromática das guitarras mas não havia nada na minha mente para escrever sobre aquela parte foi quando o Marc apareceu com o cachorro dele, o Napoleão, que estava usando uma daquelas camisetas que vende em PetShop e havia nas costas escrito: "No money, no car, no job. But I´m with the band.". Na hora eu e Gus nos olhamos e começamos a rir. Assim surgiu o refrão da "No Rules".

Vocês estão gravando um clipe agora, certo? Como está sendo esse processo? Roteiro, produção, fotografia...
Exato, demoramos um pouco a definir qual música ganharia o clipe e no final decidimos que seria mais justo ter a música título do CD representada primeiramente. As cenas internas foram feitas no Estudio HR, que tem parceria com a banda e foram filmadas pelo nosso grande brother, o cinegrafista Mateus Melandre. Toda direção foi feita pelo nosso baterista Marc Costa, assim como a edição que ainda está sendo executada. O roteiro saiu de uma idéia inicial minha e do Ronnie mas que o Marc teve total liberdade de desenvolver. Além das filmagens em estúdio o video deve contar com cenas dos conflitos durante os recentes protestos no Rio de Janeiro, filmadas pelo próprio Mateus.


Agora que estão com o álbum novo lançado, divulgado e resenhado por diversos blogs e sites, como está a perspectiva para shows? O que seus fãs podem esperar da agenda de vocês, do setlist, da performance nos palcos... Assim como no disco, vocês também terão parcerias interessantes?
Estamos com shows marcados até o fim do ano mas ainda estamos buscando datas para agendar, dentro e fora do RJ. O set list já conta com algumas músicas do próximo CD. É normal que a gente toque as músicas do Breathing Hate muito mais rápido do que elas foram registradas no disco mas as novas estão ainda mais velozes e isso é uma tendência que deve prevalecer, pelo menos para esse próximo CD.

Nós gostaríamos de agradecer o apoio que sempre temos daqueles que curtem o som da banda, podem se preparar, os shows que vêm por aí serão destruidores.

Fique à vontade para deixar uma mensagem final aos fãs.
Nós gostaríamos de agradecer o apoio que sempre temos daqueles que curtem o som da banda, podem se preparar, os shows que vêm por aí serão destruidores.

Resumidamente, peso e agressividade resumem essa obra, emoldurada por um lindo design, que será presenteada a um dos leitores do blog... Participar não será nada complicado! Basta estar entre os comentaristas top (ver ali na coluna da direita). Sortearei entre os 5 primeiros.
Quer saber como faz para estar entre os primeiros? Simples... Comente! Preferencialmente aqui, mas pode ser em qualquer outro post; falando bem, falando mal, dando só um alô... Tanto faz. Essa blogueira aqui ama todos os comentários, lê e responde (quase) sempre. Semana que vem é o sorteio, o método está descrito mais ali embaixo.



As faixas do álbum são as seguintes:
  1. Frequency of Fear (intro)
  2. Breathing Hate
  3. Vendetta
  4. Call to the War (intro)
  5. War Dance
  6. No Rules
  7. The Joker
  8. Brainwashed
  9. Radio (intro)
  10. Metal Mania

Forkill é:
Joe F. Neto - Vocais, guitarras
Ronnie Giehl - Guitarras
Gus NS - Baixo
Marc Costa - Bateria

Para saber mais:
http://www.facebook.com/forkill.thrash
http://www.myspace.com/forkill_thrash
http://www.youtube.com/user/forkillmetal

Regras do sorteio:
Os cinco primeiros comentaristas ganharão números para sorteio da seguinte forma:
  • o primeiro da lista tem os números de 1 até X comentários que tenha feito;
  • o segundo tem os números de X+1 até X+1+n comentários que tenha feito
  • o terceiro tem números de X+2+n até... bom, você já deve ter entendido.
  • Vou usar um "random number generator", pra sortear, igual eu fiz nesse post aqui.
Aí, mando o álbum pro sorteado pelos Correios, todas as despesas pagas.

Tipo assim: vamos dizer que só tenho três comentaristas top; se até o dia do sorteio o primeiro fez dez comentários, ele tem os números de 1 a 10; o segundo fez 3, então seus números são de 11 a 14; o terceiro fez 2, então seus números são de 15 a 17. Então vou sortear entre os números 1 e 17.

Sorteio - 11/10/2013
Demorou, mas saiu! Como disse antes, sorteei entre os 5 primeiros comentaristas do blog. A distribuição de números foi a seguinte:
Quality Music Web Radio - 1 a 18
Natália R. Ribeiro - 19 a 25
Reinaldo Leal - 26 a 30
She - 31 a 36
Marcelo ex Conen - 37 a 40

E o resultado foi:
Parabéns à Quality Music Web Radio, que faturou o CD!
Vou entrar em contato via FB (inbox) para pegar o endereço.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Identidades inusitadas no metal! Alguns vídeos...

Fiz uma pequena compilação de vídeos de bandas ou projetos relacionados ao metal, mas com uma identidade diferente a que estamos acostumados. Quais você conhece? Comente!

Nekrogoblikon - No one survives
Muitos leitores já devem ter visto esse clipe, mas talvez tenham passado batido pela banda. Com uma temática intitulada Goblin Metal, o som deles mescla elementos de música eletrônica bem encaixados num metal moderno com um leve acento oldschool. Vale uma conferida em outras músicas.
O clipe que a colocou em evidência, “No One Survives,” foi idealizado por Brandon Dermer, amigo e vizinho de um colega de trabalho de Alex Alereza (guitarra, vocais), que se apaixonou pelo som da banda e insistiu em fazer um clipe para eles. A banda, de sua parte, comprou imediatamente a idéia, assim que Dermer explicou como seria.
Banda, staff e diretor sabiam que o clipe seria um sucesso, mas não pensaram nas dimensões que isso iria tomar. Em questão de semanas, o vídeo atingiu milhões de visualizações, um grande feito para uma banda que não pertencia ao mainstream. Essa atenção dada ao clipe abriu diversas oportunidades para a banda mostrar seu som.



Cangaço - Devices of Astral (Live At Visions of The Rock Festival)

Donos de uma forma bem peculiar de criar suas composições, os pernambucanos da Cangaço buscam inspiração nos ritmos nordestinos, na literatura brasileira e fundem isso tudo ao metal. O resultado foi um som com personalidade marcante, muito agradável aos ouvidos e muito bem executado. Tanto que já ganharam uma edição do Wacken e apresentaram seu som único e original da Alemanha.
Abaixo, uma amostra ao vivo do conteúdo do primeiro álbum, o EP Positivo (2011), que resume bastante a proposta da banda. Naquela ocasião, faziam mais composições em inglês e estão mais voltados para letras em português agora.



Viola extrema - Moda de Rock - ZÉ HELDER & RICARDO VIGNINI
Eles chamaram minha atenção por conta de uma entrevista cedida à Rádio UOL no final de 2012, para falar sobre o álbum lançado no ano anterior, o Viola Extrema. Durante a entrevista, falaram sobre semelhanças entre música caipira e rock, sobre a carreira deles e outro projeto que eles têm, o Matuto Moderno, também excepcional. Além de, claro, falar detalhadamente sobre o Viola Extrema. Nesse álbum, executam onze clássicos do rock na viola caipira, dando uma sonoridade surpreendente a cada uma delas. Com sua experiência e talento, conseguiram dar um clima brasilero às faixas sem que elas perdessem sua identidade original.



Hevisaurus - ao vivo
Pode parecer piegas para alguns, mas na minha modesta opinião, levar às crianças esse som, em substituição às composições simplistas que geralmente rodeiam o universo infantil (claro que há louváveis exceções - pra mim, algumas delas seriam Helio Zieskind, Bia Bedran, Palavra Cantada...) é uma atitude muito boa.
A primeira impressão é que pais temerosos acusariam a banda de corromper seus filhos com "músicas que cultuam demônios", noção comumente associada com o Metal. O baterista e idealizador da banda, Mirka Rantanen, em entrevista admitiu que ele próprio ficou surpreso, mas não aconteceu.
Ainda assim, a banda tem alguns oponentes: diversos adolescentes, querendo reter para si a força e agressividade do estilo, foram rápidos em apontar Rantanen por ter destruído o metal levando-o às crianças, acusando-o de corromper o gênero para ganhar dinheiro.
Será? Ao ser indagado sobre a banda, respondeu que "Este é um projeto do coração." "Agora que eu vi como é tocar para crianças, não vou desistir disso por nada."

 Eles têm vídeos bem produzidos e tal, mas optei por mostrar um vídeo amador porque nos outros eles estão com as luvas, apenas fingindo tocar. Aqui... Bem, confiram! :-D


Compressorhead e Z-Machines
O Power Trio Compressorhead é literalmente uma banda de metal e se intitula a mais pesada do mundo. Em seu site, questiona o visitante: "Você já se perguntou como Danny Carey soaria se ele tivesse quatro braços? E se Angus Young tivesse 78 dedos? Imagine como Robert Trujillo soaria se ele realmente fosse feito de metal?"
Os seus componentes (!) são Stickboy - o baterista mais preciso do mundo e mais antigo integrante, Fingers - o guitarrista de 78 dedos e Bones - o baixista, que é o mais novo integrante da banda e também o mais preciso do mundo. No vídeo abaixo estão os dois primeiros integrantes da banda, ao vivo.

 
Mas essa não é a única banda do mundo composta por robôs. A japonesa Z-Machines não é propriamente uma banda de metal, apesar de seus robôs já terem feito algumas performances nesse estilo. Este vídeo deles executando uma música de jazz mostra em closes bem detalhados como os robôs tocam as cordas. Diversas palhetas e pequenos pistões de ar comprimido executam o serviço. Impressionante!


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Café com rock

Estou gostando de vir nesse lugar aqui, o Curto Café. Essa cafeteira tem um conceito muito interessante, porém me parece de difícil implementação, ao menos aqui no Brasil. Eles querem que cada cliente pague o preço que considere justo pela xícara do espresso gourmet desenvolvido com exclusividade para eles. Considero uma proposta bastante ousada e inovadora. Ela mexe com a ética, com o senso de valores das pessoas que frequentam o lugar.


A cada semana a estratégia de venda deles muda um pouquinho: eles estão ainda adaptando esse conceito de pagar um preço justo e individual. Até a penúltima vez que tinha ido lá, eles informavam que o preço sustentável era de R$ 3,50. Pela atitude e iniciativa, costumava (e ainda costumo) pagar R$ 4,00, o que ainda é um preço menor que o praticado usualmente (lembrando que se trata de uma iguaria exclusiva). Mas já vi uns e outros pagarem R$ 1,00. Bom, se a coisa anda difícil, beleza. Até porque os caras resolveram deixar o preço em aberto justamente para que todos possam desfrutar, independente da condição financeira. Mas quem visivelmente tem condição de pagar o preço sustentável, por que não fazê-lo? Até porque, se todo mundo resolver pagar um valor irrisório pelo produto, ou dar um calote, ele não será mais viável. Se continuar desse jeito, quem hoje curte o espaço, que representa muito mais que um bom café, em breve poderá deixar de tê-lo.

Gosto muito do clima de lá: o astral é alto, a conversa é boa. Por isso divulgo para o maior número de pessoas possível, frequento e pago um valor que, na minha visão, reflete os benefícios que recebo, em termos de sabor, ambiência e simpatia dos donos da idéia. Sim, pago também porque gosto deles. Não é isso que as grandes marcas fazem com a gente? Nos fazem gostar delas para que paguemos o preço que elas propõem? Eles não são uma grande marca, mas e daí? Acho mais legal recompensar a eles, com quem eu convivo minimamente, que pagar a uma entidade cujas pessoas eu nem conheço.
Impossível pra mim não associar a proposta dos caras ao que é vivenciado pelas pessoas envolvidas com projetos culturais independentes. Músicos, escritores, artistas plásticos...
 Mas destaco entre essas cenas (obviamente) o som underground. São mil e uma bandas, produtores, rádios e blogues, cada qual querendo mostrar sua maneira de fazer e curtir música, lutando por um lugar ao Sol. Diversas propostas sonoras esperando para serem ouvidas, e que não são piores que quaisquer outras bandas, festivais e sites que tenham alcançado a fama. É apenas diferente e está esperando o apoio do público.
Quanto à cafeteria, não sei por quantos meses ainda conseguirão manter o lugar. As contas estão expostas no quadro verde para que todos possam acompanhar a evolução do empreendimento.


Torço por eles e vou fazendo a minha parte. Gostei da idéia e sinceramente espero que esse lugar e essa atitude inspirem cada vez mais pessoas a darem o melhor de si. No caso deles, café espresso gourmet e muita simpatia.


O mesmo faço em relação ao underground. Gosto, vivencio, divulgo. Não quero que acabe, nem que fique sem graça. Quero que viceje, dê frutos e alegrias. Quero que as pessoas conheçam e curtam, igual meu atual café favorito.
Uso meu poder de consumidora para fazer as coisas realmente legais acontecerem. Não preciso de um grande selo ou uma grande emissora pra dizer o que é bom pra mim. Sou plenamente capaz de escolher o que quero ver, ler, beber ou ouvir por conta própria, explorar meus próprios caminhos em busca de arte, lazer e cultura.
Convido os leitores a conhecerem o Curto Café: parem lá pra tomar um espresso ou um capuccino. Vale super a pena. E convido também a quem está acessando esse blog pela primeira vez, a consumir cultura independente. Experimente! Leia um livro de um autor que ainda não seja famoso, ouça a música de uma banda sem selo de gravadora, assista a uma peça de teatro com atores que você nunca viu antes. Faz bem pra alma perceber o quanto é desnecessário prender-se à grande mídia.

Onde fica:
Rua São José, 35, Rio de Janeiro
https://www.facebook.com/curtocafe

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Banda Eternyx - perfil e entrevista exclusiva


A banda carioca, que começou em  2008, chamada Trustworthy em sua formação original. Composta na época por Aline Vandrack, Diego Amorim, Elton Albuquerque, Jonathan Silva, Luana Braga e Thaise Silva, tinha seu som influenciado por bandas de gothic e doom metal.
Antes da gravação seu primeiro CD, a banda mudou, não somente quase todos os membros, como também as diretrizes musicais, adicionando influencias de progressivo.
Os membros remanescentes da formação original são Aline Vandrack e Luana Braga. Entraram Vinicius Detoni na guitarra, Júlio César nos teclados e mais recentemente Leo Birigui na bateria. Com essa nova formação, a banda foi rebatizada como Eternyx.
Quem quiser conferir o primeiro CD, intitulado Unknown Way, pode baixá-lo no site http://www.eternyx.net. Com dez faixas, foi produzido por Celo Oliveira no Hydria Estúdios  e tem arte assinada pelo designer Bruno Pigozzi.
A Eternyx também fechou parceria com a World of Glass Compilations, projeto que faz coletâneas com banda de metal com vocalistas femininas e estará participando do volume três que será disponibilizada no mundo todo. 



Formação:
Aline Vandrack - Vocal
Luana Braga - Bass
Vinícius Detoni - Guitar
Júlio César - Keyboards
Leo Birigui - Drums

Mandei para a banda as seguintes perguntas:
Fale sobre suas influências sonoras.
Há uma mistura de estilos no vocal, intercalando os guturais, growls e screamos com limpos, melódicos. Todos eles são feitos pela Aline?
Conte sobre a gravação do álbum! Detalhes sobre a gravação de voz e instrumentos, peculiaridades...
Fiquem à vontade para deixar uma mensagem aos leitores

Eis aqui a resposta a todas elas, no formato de um breve release enviado por Leo Birigui:
Todos os vocais foram gravados pela Aline Vandrak, Nossas influências variam desde o Doom/Death,Gothic até o Melódico e Progressivo. Cada integrante tem influências musicais diferentes uns dos outros e é isso que achamos tornar as composições interessantes. O albúm foi gravado no Hydria Estúdios pelo Marcelo Oliveira, guitarrista da banda Hydria que fez um trabalho impecável na produção do cd, as gravações foram relativamente rápidas o que consumiu um pouco mais de tempo foram os teclados por conta dos detalhes e orquestrações, estivemos presentes acompanhando cada passo incluindo a mixagem e masterização. Ficamos bastante felizes com a recepção do público com o primeiro álbum de estreia. A arte ficou a cargo do Bruno Pigozzi que também nos deixou extremamente satisfeitos com o trabalho e em breve o site vai estar 100% mas por enquanto a galera pode fazer o download por tempo limitado no próprio site provisório da banda.

Conheça mais sobre a banda:
SITE OFICIAL: http://www.eternyx.net/

SOUNDCLOUD: https://soundcloud.com/eternyx

FACEBOOK: http://www.facebook.com/eternyx?fref=ts

YOUTUBE OFICIAL: http://www.youtube.com/user/Eternyx

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Banda Inabitual - perfil e entrevista exclusiva

Fonte: divulgação. Autoria de Louyse Gerardo.

INABITUAL é banda de Volta Redonda - RJ. Nascida em 2004 na “Cidade do Aço”, seus integrantes se propõem a fazer da música seu eldorado comum, da mesma forma que, no passado, os arigós queriam fazer de Volta Redonda seu eldorado. “Levante, lute, mude, critique!"

Aqui vale um parêntese: uma definição para o vocábulo arigó seria de um trabalhador comum, que emprega sua força em um trabalho árduo e muitas vezes bruto, em troca de um pequeno salário. Essa simplicidade levava à crença de que fossem desprovidos de inteligência ou da capacidade de sonhar e idealizar. Pois a cidade recebeu muitas pessoas simples com o sonho de melhorar de vida.

Destacam-se na trajetória da banda as seguintes passagens:
  • lançamento de seu primeiro disco em 2012, chamado HOMEM COLETIVO e do clipe oficial da música EM MASSA;
  • em abril deste ano foi uma das bandas convidadas a participar da "Viagem ao centro do mangue 2013", um tributo a Chico Science, evento anual do ECFA (Espaço Cultural Francisco de Assis).
 A mensagem do EP de 7 faixas é a crença na revolução que a informação pode trazer através da música. É resultado de um trabalho em parceria com artistas de outros segmentos, como design gráfico, fotografia e produção de vídeo. Assim nasce o Coletivo “INABITUAL PRODUÇÕES”

Para a banda, todos os estilos musicais servem de combustível para inspiração e possibilidades diversas de composição. Seu repertório fala de política, religião, desigualdade social e acontecimentos do cotidiano, alerta contra a passividade do indivíduo que, reduzido à condição de mero consumidor, por vezes, permanece indiferente ao que acontece à sua volta (“Em Massa” e “Legislado”). A dor de conviver com as incertezas impostas pela atual condição do sistema capitalista (“Termine”) e a triste situação da educação jogada ao chão (“Discórdia”) representam o grito de uma população cansada de habitar no país das (“Sórdidas Intenções”).


Entrevista
Quais as influências sonoras da banda?
A banda parte do principio que toda manifestação artística contribui para o crescimento do que nós iremos apresentar em nosso trabalho. Sem rótulos, sem preconceitos. Toda cultura tem sua manifestação singular que pode ajudar no amadurecimento do nosso som.


Fale sobre a relação entre a proposta da banda e os arigós.
Arigó é um termo usado para os "peões" que construíram a cidade de Volta Redonda na era Vargas. Somos filhos desses arigós,que deram seu suor para que essa cidade pudesse existir. Volta Redonda é a cidade do peão, da população e nao deve ser deixada nas mãos de uma pequena elite. Eis uma luta que o Brasil todo vem travando, contra as elites a favor da população.
Volta Redonda tem em sua história essa construção pelos braços desses arigós. Somos todos filhos de arigós!



Fale sobre o trabalho coletivo desenvolvido no EP de vocês.
Nós trabalhos no conceito de coletividade, é por isso usamos o nome HOMEM COLETIVO para intitular nosso primeiro album. O trabalho todo foi construído em cima disso. Além dos 4 membros da banda, tivemos outras pessoas envolvidas diretamente com o trabalho. Para podermos gravar esse disco, tivemos que fazer alguns trabalhos como panfletagem em sinal. E tivemos a ajuda coletiva de muitas pessoas que nos ajudaram e trabalharam com a gente doando parte do que ganhavam pra juntos fazemos esse algum sair. Ele vem com essência coletiva desde sua formação, pessoas se doando. A capa retrata um dos acontecimentos mais bizarros da nossa história que é Pinheirinhos. O Brasil tem várias brutalidades em sua história contra as populações mais pobres. Seja desde quando Cabral chegou aqui e exterminou nativos e logo mais escravizou negros, até os dias atuas com o genocídio em periferias, retiradas de famílias de suas casas, tribos indígenas como na aldeia Maracanâ sendo desrespeitadas. Pinheirinhos foi um desses episódios que retrata a brutalidade que o Estado e as elites tratam a sua própria nação e população. Ter isso retratado em nosso disco não é um orgulho, mas somente uma garantia de que isso nao seja esquecido!

Quer deixar uma mensagem final?
Sempre há várias mensagens de todos os lugares. Vivemos todos os dias processos de lutas e mudanças e devemos fazer isso. Não podemos nos conformar com o que nos foi posto, nosso dever é provocar, criticar, bater. Não ficamos mais calados. Acreditar é sempre preciso, e lutar também! Agradecemos pelo espaço e a luta continua! #HOMEMCOLETIVO

InabituaL é:
Eduardo Henrique (Voz)
Duílio Ferronatto (Guitarra)
Jhonatan Cruz (Baixo)
Jeffei Estevão (Bateria)
Felipe Solia (Intervenção Teatral)

Para conhecer mais:
Facebook: www.facebook.com/bandainabitual
Soundcloud: www.soundcloud.com/inabitual
http://www.youtube.com/user/Inabitual

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O que acontece com o público de rock/metal?

Hoje me deu na telha fazer uma busca por shows e eventos de diversos estilos musicais. Capturei os resultados numéricos das buscas pros leitores darem uma espiada. Saca só:

Buscando eventos de música erudita ao vivo, consegui 7.030.000 resultados.

Ao buscar bailes funk, consegui o menor número de resultados: 5.010.000

Quando procurei por shows de jazz, achei nada menos que 355.000.000 resultados

Os resutados para a busca de shows de pagode foi de 8.830.000

Para shows de rock, recebi o número de resultados grotesco de 970.000.000!

Shows de metal também fornecem um numero bem expressivo de resultados: 643.000.000
Procurando por shows de sertanejo, encontrei 17.200.000 resultados

Só pra ficar mais fácil, aí está o gráfico desenhado...
 
A maior quantidade de resultados pra busca foram para shows de jazz, rock e metal.
Numa rápida olhada, parece que: ou tem show de rock e metal à beça, ou eles são maciçamente divulgados, ou as duas coisas. Então, pergunto: de onde vem toda essa oferta? E cadê a plateia? Estaria ela dividida por todos esses shows, por isso os eventos não enchem?
Nesta edição do Rock in Rio, das três atrações que tiveram os ingressos esgotados mais rápido, duas eram de rock. No entanto, nos shows underground do Rio (pelo menos aqui na capital) a frequência é pequena: quando há mais de uma centena de espectadores assistindo a uma banda, é motivo de comemoração.
Aviso logo que as minhas buscas estão direcionadas para o Rio de Janeiro mas aposto que o resultado para o Brasil deve ser proporcional.
Bom, quem curte de verdade os eventos underground, não está nem ligando pra pouco público: o importante é estar ali, curtir o som da banda e conhecer algo novo. Mas claro que é mais divertido compartilhar a experiência com um número maior de pessoas.  E tenho certeza que qualquer banda adoraria mostrar o que sabe fazer para um número maior de pessoas.
Acho que da divulgação, ao menos, não se pode reclamar. O que há então? Diz aí!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Entrevista com Sergio Mazul - Semblant

Sergio Mazul é vocalista da banda curitibana SEMBLANT, considerada um dos expoentes do Dark/Gothic Metal no país, com uma sonoridade extremamente pesada (conduzida por duas guitarras de 7 cordas e bateria rápida, quebrada a precisa) e extrema versatilidade nos vocais comandados por ele e por Mizuho Lin.
Já passou por 5 estados brasileiros promovendo suas músicas, inclusive aqui o Rio, por ocasião da Final Nacional Wachen Metal Battle 2009 em Campo Grande.
Dentre outros assuntos, perguntei a ele sobre uma possível vinda ao Rio. Confiram!



Gostaria que falasse sobre o novo trabalho da banda, o EP Behind The Mask.
Olha, eu prefiro chama-lo de “último registro” (rs) porque ele já está um pouco defasado. Lançamos ele no dia 11 de novembro de 2011 pelo emblemático 11-11-11, tema tão místico e rico, inclusive explorado em nossa música “11:11 – The Door is Open” que está registrada neste EP.
O “Behind the Mask” é o maior marco e divisor de águas na história da Semblant desde que começamos a banda, devido a estrear uma nova formação e marcar o primeiro registro com Mizuho Lin dividindo os vocais comigo e assumindo as vozes femininas da banda.
Não apenas ela, mas os demais músicos Sol Perez e Juliano Ribeiro, ambos guitarristas da Semblant, hoje assinam uma grande parcela das criações da banda, envolvendo letras, composições instrumentais e inclusive, o planejamento do andamento da mesma.

Semblant em Campo Grande, RJ, na Final Nacional do Wachen Metal Battle 2009

O que você tem escutado, de fora e daqui do Brasil? Desses sons, o que tem influenciado seu trabalho musical?
Olha, eu sempre fui um fã inveterado de todas as vertentes do rock e do metal. Sou inclusive um grande colecionador de CD’s, tenho quase 3.000 peças originais na coleção e me mantenho ativo, comprando mais e mais lançamentos de bandas que me interessam e/ou que coleciono a discografia.
Vamos lá: de fora do Brasil, tenho ouvido diversos lançamentos como os últimos álbuns das bandas Soilwork, Hypocrisy, Cradle of Filth, Testament, Hardline, Rob Zombie, Saxon, The 69 Eyes, Killswitch Engage, Ghost e estou bem ansioso, esperando alguns lançamentos que pretendo adquirir no ato e que sairão nos próximos dias: novos do Amorphis e Alice in Chains.
Lógico, existem as que sempre escuto, como Black Sabbath, Morgana Lefay, Moonspell, Savatage... eu escuto muita música dentro do meio que sempre amei fazer parte. Seja no carro, em casa, trabalhando, sou um ser humano musical 24 horas por dia.
No Brasil, tenho ouvido grandes bandas como: Imago Mortis, Unearthly, Doomsday Ceremony, Holiness, Command 6, Necropsya, Krisiun, Trayce, In Torment, Distraught, Symbolica, Genocídio e tenho conferido vários lançamentos excelentes como os das bandas Wigand, Unblack Pulse, Painside, Liturgy of Suffering, enfim, acho que há muita coisa boa surgindo no Brasil e com qualidade suficiente para fazer frente a qualquer banda de fora.
Pode acreditar, fica impossível dizer o que mais anda me influenciando em meio a tantos exemplos, pois acho que tudo com o que seu cérebro entra em contato – ainda mais o assunto é música, acaba abastecendo suas fontes de inspiração.

E do Estado do Rio, vocês destacam algum trabalho?
Sem dúvida! Conheço ótimas bandas do Rio, como o já citado Unearthly, Dark Tower, Lacerated and Carbonized, Imago Mortis e lembro do Venin Noir, ótimo doom/gothic que acho não estar mais em atividade. Tempos atrás, dividimos o palco com o Unearthly e pude atestar o quanto eles estão integrando as bandas que firmaram sua bandeira no topo do metal nacional. Já dividimos o palco com a Dark Tower também, em uma final do Wacken Metal Battle que aconteceu no próprio RJ. O Rio tem grandes bandas!
E claro, não posso de citar o vocalista Gus Monsanto, grande amigo meu e que tem tantos projetos renomados mundialmente.

O trabalho vocal da Semblant é bastante rico, com vocais limpos mesclado com vozes "arranhadas", guturais... Exige um bocado de técnica. Que exercícios gosta de fazer? E para aquecer antes de ensaios, shows...
Olha, gosto de fazer alguns vocalizes para poder aquecer a voz limpa, deixa-la com o alcance e potência necessários para executar bem as linhas desta característica, em nossas músicas. Alguns gritos estridentes curtos, pra achar a “posição” durante os mesmos no meio das linhas de voz, também.
Por fim, carrego no drive à là Sepultura/Testament, que já me condiciona a executar guturais e rasgados mais facilmente.
É um ritual e rotina de no máximo, 3 minutos antes de entrar no palco ou gravar, hahaha... não tenho paciência para muitas delongas, até por ser um cara 100% prático e 0% teórico no que diz respeito a música.
A Mizuho, mesmo com sua formação erudita, é bem objetiva quanto a seus aquecimentos vocais também... somos uma dupla de cantores de ação!
Fora que costumamos ordenar o set-list de uma maneira que as primeiras músicas sirvam igualmente, como bons aquecimentos para o restante do show.


Como anda a agenda de shows? Têm algum show em vista pelo Rio de Janeiro?
Olha, no momento, temos mais um show ao lado do Matanza no próximo dia 10 de maio e estamos agendando nossa primeira ida ao Amapá. Queremos muito marcar algo no Rio, espero que com o próximo álbum os produtores cariocas achem uma boa oportunidade para incluírem a Semblant em algum evento legal! Vai ser incrível poder tocar por aí!
Paramos um pouco com a intensidade da agenda de shows devido ao nosso trabalho de pré-produção do novo álbum e ensaios com nosso novo baterista Thor Sikora. Como só entraremos em estúdio para a gravação oficial do disco no segundo semestre, estamos otimizando o tempo que temos para deixar tudo o mais impecável possível, para refletirmos no estúdio.
Serão 11 músicas totalmente novas, então é um trabalho árduo. Nosso primeiro trabalho (“Last Night of Mortality”) tinha 10 composições inéditas; o EP “Behind the Mask”, 4; lançamentos uma faixa inédita chamada “Throw Back to Hell”, para a trilha de um evento de MMA em 2012 e agora, serão 11 sons inéditos. É o nosso trabalho com maior volume criativo até hoje, fora algumas composições extras que deixaremos de fora por enquanto.

Gostaria que falasse sobre a infraestrutura que encontram nos eventos em que a banda participa: som, luz, instalações pra banda e pro público, mas especialmente a segurança.
Já tocamos em locais e infraestruturas muito limitados. Ultimamente temos sido mais seletivos, pois se não há como fazer um bom show e dar ao público o que eles merecem e achamos que podemos, logicamente não vejo razão para subir ao palco.
Pior estrutura e organização até hoje? A do Metal Open Air, onde acabamos nem tocando.
Mas sem dúvida, os produtores brasileiros tem tido uma visão bem mais profissional nos últimos anos e desde 2010, temos tocado em locais com estrutura excelente!

Bate-Volta
Metal no Brasil Elevando o nível cada vez mais rápido!
Rock in Rio Sendo generoso e mesclando as vertentes do rock/metal: Iron Maiden, Metallica, Slayer, Alice in Chains, Bon Jovi, Destruction, Krisiun, Helloween, Sepultura, André Matos, Shaman, Almah, Hibria, Kiara Rocks. Focar nestas! O resto, não tem nada a ver com o Rock in Rio e nem dá pra chamar assim.
Shows Underground Cada vez melhores. Basta vocês aí do Rio conferirem o Unearthly ao vivo!
Show inesquecível Vários. Nevermore, Savatage, Slayer e Dio são os tops da lista.
Ama Rock ‘n Roll/Heavy Metal, tattoos, games, HQs/livros, artes marciais e filmes de horror.
Detesta Política brasileira, Radiohead e Legião Urbana.
Te inspira Aleatório: boa música, bons livros, bons filmes, Bushido, Clive Barker, Stephen King, dias de ócio criativo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Planet Rock Festival Edição Especial: METAL - resenha de show

Uma das bandas que se apresentou foi a Baroni; formada em 2011 por Nabugo (Vocal), Dinho Moura (Guitarra), Marlon Dani (Baixo) e Bruno Quack(Bateria). Não consegui conferir a performance dos caras ao vivo, mas fui curtir o som deles na web, pra conhecer. Vale a pena dar uma conferida em suas músicas com letras em português: https://www.facebook.com/baronioficial/app_178091127385. Espero poder vê-los ao vivo qualquer dia.

Participou também a Stigma Burn, que iniciou em 2010, com um som mais agressivo. Conferi via web (https://www.facebook.com/stigmaburn/app_178091127385) e pretendo curtir ao vivo assim que tiver uma nova oportunidade! Suas composições são em português e inglês. Os integrantes são Shood Macêdo (Vocal, William Vieira (Bateria), Victor "Bitch" Matos (Guitarra), Tiago Barros (Baixo) e Igor Figueiredo (Guitarra).

Quando cheguei, a banda que estava no palco era a Demolishment. Aliás, fizeram jus ao nome apresentando um som demolidor. Os membros Thiago Barbosa, Diego Sandiablo, Elias Oliveira, Diogo Barbosa e Bruno Tavares mandaram ver em composições próprias e covers. Bom show! Me fez procurar as músicas deles depois, que aliás, estou ouvindo enquanto escrevo a resenha (https://www.facebook.com/Demolishment/app_2405167945).


A segunda banda que vi foi Absolem. Apesar de ter sido formada há apenas dois anos atrás, os integrantes Marcelo Coutinho (vocal), Fabio Azevedo (baixo), Antonio Djafre (bateria) e Marcus Fraga (guitarra) têm história no underground fluminense. A banda apresentou um som interessante, fazendo um metal extremo com inspiração no Rock Progressivo e no Heavy Metal tradicional. Aqui o link, pra quem quiser conferir o som dos caras: https://www.facebook.com/Absolembr/app_2405167945



Depois veio a já conhecida Ágona, com nove anos de estrada e muita agressividade. Alan Muniz (Vocal), Leonardo Milli (Guitarra), Rafael Ferraz (Baixo) e Vinícius Bhering (Bateria) apresentaram seu som, um Death/Thrash Metal (https://www.facebook.com/agonaofficial/app_178091127385), influenciado pelas bandas Pantera, Lamb of God e Mastodon. A presença no palco foi bastante marcante: dentre outras façanhas, latinhas de alumínio voaram do palco pelos pés do vocalista, que deu uma interpretação teatral às composições, com letras em português. Chamou os espectadores pra perto, questionando se estavam com medo do metal. Conseguiu o que esperava, pois aos poucos foram chegando.




Quando a apresentação do Ágona acabou, a maior parte dos presentes se fez ausente. Mas parecia que a brincadeira ainda estava começando...

Não conhecia o Visceral Leishmaniasis (https://www.facebook.com/VisceralLeishmaniasisBrutalDeathMetal?fref=pb&hc_location=profile_browser) e devo dizer que foi a primeira vez (fora o baterista da Unmasked Brains) que vi um baterista aquecer antes de um show. Gostei! Obviamente isso se reflete na sua forma de tocar. Como a banda tem apenas um ano, é de se esperar que Darlan Oliveira só melhore com o tempo! Curti o som da banda como um todo. A guitarrista Mafe com seus dedos de aranha subindo e descendo pelo braço da guitarra está perdoada por todas as falhas que a vocalista dedurou. A propósito, Luanna é dona de um gutural de respeito! Ali, descalça, despretensiosa, mandou ver em cima do palco para um público tão pequeno. Ou melhor, seleto.





Seleto porque quem ficou ali firme até o final devia  querer mesmo conhecer ou apreciar as bandas daquela noite. Estão de parabéns todos os que resistiram até o fim do show e foram brindados com mais uma dose de boa música.


Depois do Leishmaniasis veio Unmasked Brains. Quem conhece sabe, a técnica e a virtuose de Reinaldo Leal (vocal/guitarra), LGC (guitarra), Denner Campolina (baixo) e Elcio Pineschi (bateria) dispensam maiores apresentações. Parecia que o palco tinha se transformado em estúdio, de tão à vontade que eles estavam. Era um deleite ouvir e ver cada nota habilmente executada num clima tão intimista. Desta vez, trocaram a habitual Little God Ivory do início pela Controversies of The War e mandaram muito bem. Fizeram também uma brincadeira com o andamento no começo de New Order of Disorder que ficou muito legal! E dispensaram as covers, o que pra mim é um bônus. Não que eu não goste, nada disso! Eles as fazem com perfeição e fidelidade, mas a meu ver, as músicas que eles criaram são bem mais interessantes e elaboradas que as que influenciaram o som deles.






Foi muito bom! Valeu cada segundo. Quem quiser, pode conferir mais fotos, abaixo está o álbum do blog!

Planet Rock Festival Edição Especial: METAL
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