quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

8 razões pra dormir com um baterista

Como esposa de baterista, assim que vi este post no site MediaDecay não resisti e tive que traduzir...
Achei legal exaltar as qualidades dos rapazes que ficam lá, escondidos atrás daquela floresta de estantes, pratos e tambores.
O autordo artigo original, Jason, é um supervisor de roteiro para cinema e televisão, bem como baterista. Ele é nova-iorquino vivendo atualmente no Brooklyn.
Esta post foi originalmente publicado em http://www.mediadecay.com/2009/11/8-reasons-why-you-should-sleep-with-the-drummer/ em uma quarta-feira, 11 de novembro, 2009 às 01:06 e arquivado em: Música, Outros.



Este post está sendo redigido por um homem com H e apenas para facilitar o ato de escrever eu só vou usar descritores homem / mulher mas na verdade isso deve aplicar-se a qualquer tipo de casal. Além disso, este é um tipo diferente de post do usual para MediaDecay, mas achamos que colocar ocasionalmente um post off-topic é divertido.

Então aqui está a situação: Você está em uma casa noturna (de rock, e não um lugar ridículo que só toca techno) e você está assistindo a uma banda. Eles são bons e você está realmente envolvida pela música. E vejam, você está solteira e há algumas pessoas atraentes na banda. Seus olhos se movem ao redor do palco e você estuda cada membro com atenção. Primeiro, tem o cantor. Ele é uma escolha óbvia. Está na frente, é emocional, suas letras tocam um lugar profundo em você. Então passa para o guitarrista. Outra opção fácil. Você vê como ele domina os acordes.  Dedilhando sua dor com os dedos. Você sabe, o de sempre. Agora, seus olhos deslizam para o baixista. Ele provavelmente fede. Brincadeira. Eu realmente não tinha nada para escrever sobre um baixista. Finalmente você segue para o baterista, parcialmente escondido atrás de uma infinidade de tambores e pratos. Ele está tocando um bom groove, mas ele é o baterista. Além disso, ele parece muito suado lá atrás.

Então, por que você deveria iniciar uma conversa com ele depois do show? Por que de todos esses possíveis encontros de uma noite ou possíveis futuros namorados você escolheria o baterista? Eu vou te dar 8 razões. Por que 8? Porque eu acho que sim. OK, vamos continuar com as insinuações!

Ritmo - Bateristas podem manter um ritmo constante por períodos prolongados de tempo. E eles podem fazer mudanças sutis, mas importantes para o ritmo no comando. O que significa que pode continuar fazendo o que você quer fazer e fazer uma transição quase imperceptível para outra coisa que você pode gostar mais.

Vigor - É muito difícil segurar uma batida forte por um longo período de tempo. Essa é a razão para o suor (também as luzes do palco). Bateristas precisam treinar seu corpo e mente para se manterem na música, não importa o quão desgastante possa ser. Este treinamento pode ser facilmente transferido para atividades fora do palco.

Corpo - OK, obviamente, nem todo baterista se encaixa em tudo nesta lista, e há uma tonelada de caras gordos com sobrepeso atrás do kit, mas há também uma tonelada de nós que são realmente muito bem construídos. Embora não como você pensa. Trabalhamos toneladas de músculos diferentes ao tocar, desde dedos até ombros e braços até as nossas pernas. Além disso, quando não estamos tocando, normalmente estamos carregando algum equipamento bem pesado, então fazemos um monte de exercício. Se aquele baterista não parece ter músculos enormes, é porque está mais tonificado e magro do que grande e volumoso. Não acredita em mim? Vai lá e "acidentalmente" pegue um de seus braços.

Ritmo - Bateristas podem manter um ritmo constante por períodos prolongados de tempo.

E Destreza - Este meio que combina com o anterior. Se você procura isso em um potencial companheiro com baquetas, pode parar. Todo bom baterista está constantemente fazendo pequenos ajustes com os dedos, a fim de alterar os sons.

Emoção - Você sabe que o guitarrista estava tocando-a com os dedos e o cantor estava cantando sua vida com suas palavras? Bem, bateristas são artistas também e há muito mais numa uma boa parte da bateria do que simplesmente espancar com força bruta. Tem a dinâmica e a habilidade de sentir o fluxo da canção através de si. Muitas vezes, os bateristas são muito conectados a suas emoções e isso é uma coisa boa.

Sexto sentido - Não o poder de ver pessoas mortas. Numa boa banda estão todos sempre em sincronia e podem acompanhar se outro membro decide fazer algo não ensaiado, sem o público perceber. Esta espécie de sexto sentido, especialmente uma habilidade precisa em captar sinais leves e consciência de tudo que está acontecendo é algo que seu baterista pode trazer para o seu quarto também. Então, ele vai ser capaz de improvisar com você a noite inteira.

Responsabilidade - OK, então eu sei que a muitos bateristas isso não se aplica nem mesmo remotamente, mas a teoria por trás disso é o relevante. Os bateristas são muitas vezes responsáveis ​​por uma grande quantidade de equipamentos muito caros. Dê uma olhada nos preços na seção de percussão da loja de música mais próxima. Qualquer coisa, mesmo remotamente relacionada à bateria instantaneamente custa mais. Pratos bons geralmente começam em algo em torno de R$ 900, e todos os outros aspectos da bateria são mais ou menos por aí. Mesmo um único par de baquetas geralmente é algo em torno de R$ 20 a R$ 30. Então, a menos que sejam absurdamente ricos, eles têm de ser responsáveis por manter tudo em bom estado e ter certeza de que nada seja roubado. Também têm de estar preparados para qualquer tipo de imprevisto como o rompimento de uma peça. Este sentido de responsabilidade mostra que eles são capazes de lidar com ela em outros aspectos de suas vidas, como em um relacionamento.

Então da próxima vez que você estiver cobiçando alguém da banda, dê ao baterista uma segunda olhada.


Segundo o autor, texto anterior foi uma mensagem de serviço público dos bateristas do mundo e de forma alguma é para incentivá-la a dormir com o autor do artigo, que por acaso toca bateria (algumas pessoas até dizem que ele é bom no que faz), mas se você se interessar ele é solteiro e, provavelmente, não teria um problema com isso.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Segurança no Underground.

Segundo testemunhas, foi acionado um sinalizador durante o show.
Quem já ouviu "Smoke on the Water", do Deep Purple,
sabe que essa não é uma boa idéia...
Depois do ocorrido na boate Kiss em Santa Maria (RS - ver notícia), parei pra refletir um pouco sobre a questão evento underground x segurança. Quem frequenta esses espaços sabe como é difícil montar um show, juntar platéia suficiente pra não ficar no prejuízo, oferecer qualidade pra quem compareceu. Lá nem era um espaço underground, era um lugar grande e conhecido, o que não contribuiu pra evitar o acidente; talvez tenha até ajudado. Antes da tragédia, dizia-se que a boate teria capacidade para mais de 2.000 pessoas lá dentro. Imagina, se um show underground um dia vai ter esse número de pessoas... Ainda assim, acho que não custa pensar um pouquinho em segurança.
Durante alguns anos, trabalhei numa empresa que me deixou paranóica com isso. Talvez porque todos os dias os funcionários tivessem que frequentar o DSMS - Diálogo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Tá bom, por um período, isso era semanal. Mas quando acontecia um acidente na empresa, tínhamos que assistir sua reconstituição e ouvir o relatório da equipe de segurança. Chato? Sim, muito. Acredito, no entanto, que isso me ajudou muito a ter mais atitudes de prevenção de acidentes, como valorizar o uso de cintos de segurança, pensar se posso ou não usar substâncias, er... Exóticas antes de determinadas situações, observar rotas de fuga, essas coisas.
Mesmo um evento com menos de 100 pessoas pode oferecer riscos. E acho que cada um dos envolvidos (público incluso) pode e deve pensar em coisas mínimas de segurança pra se proteger. Estou longe de ser especialista, sou apenas leiga, mas os anos de DSMS me fizeram imaginar algo tipo assim:

  • Organizadores - verifiquem um mínimo de itens de segurança, como extintores, rede elétrica e saídas. Garantam facilidade pra escape, em caso de pânico.
  • Bandas - olhem as tomadas que irão usar, e... Caso pretendam fazer alguma coisa mais ousada no palco, avisem antes a produção, pra que vocês pensem juntos em como dar aquele algo mais no show sem oferecer riscos.
  • Público - assim que chegarem, verifiquem onde são as saídas. Imaginem como seria o trajeto até ela. Se virem algo estranho, falem logo a quem é responsável pela segurança.

Parecem bobagens, mas pode ajudar muita gente. E você, o que pensa sobre segurança em eventos underground? Comenta aí!

E só pra ilustrar... Veja a lista elaborada pela BBC Brasil com alguns casos recentes da combinação letal entre fogos de artifício e obstrução de saída:
  • 2009: Santika Club, Bangcoc, Tailândia - Um incêndio causado por fogos de artifício deixou 66 mortos. A casa noturna funcionava sem a licença adequada e tinha apenas uma saída, o que dificultou que vítimas deixassem o local. Duas pessoas acabaram condenadas, entre elas o proprietário da boate.
  • 2009: Lame Horse Club, Perm, Rússia - Uma explosão durante um show com fogos de artifício deixou 150 mortos. Apenas cerca de um quarto das pessoas presentes no local conseguiu escapar. Muitas das vítimas acabaram morrendo asfixiadas e pisoteadas.
  • 2008: Boate Wuwang, Shenzen, China - O incêndio também começou com show de pirotecnia, e a tragédia foi agravada pela existência de uma única saída, com má iluminação. Quarenta e três pessoas morreram.
  • 2004: República Cromagñón, Buenos Aires, Argentina - O fogo, causado por faísca de sinalizador usado pela banda, matou 194 pessoas. A tragédia provocou prisões de empresários, dos músicos e renúncias de políticos na cidade.
  • 2003: The Station, Rhode Island, Estados Unidos - Fogos de artifício usados no show da banda Great White provocaram um incêndio e a morte de cem pessoas. O local foi tomado pelo fogo em menos de cinco minutos. O empresário da banda, que organizou o show pirotécnico, foi condenado a quatro anos de prisão. Duas saídas de emergência do local não puderam ser usadas. Uma das portas estava com defeito e a outra, obstruída por uma parede de espuma.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Entrevista com Jobert Mello - Design


Design ou desenho industrial é a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, concepção, elaboração e especificação de algo direcionado para o uso. É uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.
Dentre as coisas que se podem projetar estão desde utensílios domésticos, máquinas, ambientes, serviços, marcas e também imagens, como em peças gráficas, famílias de letras (tipografia), livros e interfaces digitais de softwares ou de páginas da Internet.


Resumindo à beça, o design é uma parada foda. Foda também é ser designer.
Normalmente, eles se especializam em projetar um determinado tipo de coisa: as  mais comuns são o design de produto, design visual, design de moda e o design de interiores.
O Rio de Metal entrevistou Jobert Mello, da Sledgehammer Graphix, que é especializado em criar arte para o meio musical. Confere aí!


Design é uma area de conhecimento muito ampla, pois vai desde o desenvolvimento de produtos usados no dia-a-dia até a programação visual de embalagens, livros, revistas... Enfim, o céu é o limite. Como surgiu pra você esse nicho do design, trabalhar especificamente com o meio musical?
Antes de começar, gostaria de agradecer a ti pela oportunidade!
Bom, além de um grande apreciador de música, também sou baterista (apesar de estar meio parado ultimamente), eu sempre me interessei por arte e achava legal as capas de LP’s, CD’s.
Eu sou de Pelotas / RS e tive banda desde o final dos anos 80, na época fazia os cartazes de show da minha banda e das bandas de amigos com colagens e xerox (ainda não rolava computador), também pintava camisas de banda a mão... Foi um tempo divertido e depois  quando comprei meu primeiro computador, contendo o Photoshop, o Corel Draw, etc., foi uma migração natural partir para criar capas de CDS, LPs. Eu comecei com bandas de amigos e com tempo fui aprimorando meu estilo, levando a coisa ainda mais a sério e conquistando novos clientes de vários países. Hoje é minha única atividade profissional e também fonte de renda familiar. Por isso não tenho muito tempo para descanso também. (risos)


A partir de que momento você percebeu esta busca mais intensa das bandas independentes por um trabalho profissional de programação visual?
Eu acho que a maioria dos músicos sempre procuram dar uma “cara”/“marca” para sua banda. Seja num logotipo, um símbolo, a arte da capa combinando com o tema ou letra das músicas... As bandas perceberam que vale a pena investir mais, não somente no estúdio com gravação, mixagem e masterização, mas também na parte gráfica. Se seu álbum tiver uma arte legal, as pessoas terão mais vontade de pegar o CD e escutar.

Você tem uma referência de artistas gráficos, busca inspiração em algum outro designer ou outro artista icônico?
Eu posso basicamente citar um de quem realmente sou fãzaço que é o H. R. Giger. Pra quem não conhece é o cara que fez o design dos filmes “Alien”. Ele fez várias capas para álbums, entre muitas outras coisas. Existem muitos outros artistas que gosto e aprecio, mas a minha inspiração vem de diferentes formas de artes também... Sejam revistas em quadrinhos, filmes, natureza, etc.


Navegando em seu site, percebemos que o forte é o metal, mas há grupos de várias vertentes. Como é criar para diversos estilos musicais?
Eu sempre procuro conhecer a banda e a sua música. Depois, o tema ou título do CD são muito importantes para o direcionamento correto. Eu sempre procuro me direcionar ao que o cliente quer e então coloco a minha parte dessa “visão” naquilo que estou desenvolvendo. Gosto de variar os estilos porque tenho um gosto muito amplo.


E pra outros países? É muito diferente, por exemplo, criar para uma banda européia ou brasileira?
Não, muda apenas o idioma, é basicamente a mesma coisa, a banda me passa o que quer e eu trabalho na arte. Sendo muito honesto devo dizer que as bandas brasileiras costumam ser até mesmo as mais exigentes. O que é compreensível já que no Brasil é mais complicado agradar os fãs.


Como é o processo de criação dos produtos? A interação com os músicos, traduzir sua música em imagens...
Então, como disse, costumo primeiro escutar a música e conhecer algo da banda. Ver bem o estilo se encaixam. Daí começo a trabalhar. Mas como falei antes, busco minha inspiração em diferentes lugares/coisas/situações. Geralmente o processo muda de uma arte para outra.


Mencione um trabalho que tenha sido um desafio pra você (nem precisa ser ligado a música).
Hahaha, foi há muitos anos no sul quando eu fui “contratado” por uma amiga da minha mãe para pintar 2 painéis gigantes para um aniversário de criança. Eu tive apenas um dia para fazer tudo e na noite anterior saí para beber com os amigos... Sair, beber, amigos, prazo... Foi um dia inesquecível! Mas deu tudo certo e eles adoraram os painéis, hehehehe!


O que você ouve quando desenvolve seus trabalhos?
Varia muito. Às vezes o som da própria banda (se eu tiver). Normalmente começo o dia com um som mais “porrada” tipo death, black ou thrash. Mas passado um tempo posso colocar um punk rock (tipo Sex Pistols ou Dead Kennedys), depois um  Rockabilly. Então posso cansar e aí troco para um Tom waits ou um Pixies... Ou quem sabe um rock dos anos 80 tipo B52’s ou Tears For Fears... Um Rogério Skylab pra descontrair! (risos). Na verdade não tenho uma ordem certa do que ouvir, eu tenho um gosto muito estranho e variado, e por vezes bizarro. Minha mulher é quem sofre mais, hehehe...


Que tipo de trabalho você gostaria de fazer e ainda não fez?
Hum... Acho que o poster oficial para algum blockbuster de Hollywood... Ia ser interessante.


Conheça a Sledgehammer Graphix:
http://www.sledgehammergraphix.com
twitter.com/SledgehammerGPX
http://www.facebook.com/jobertmello

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Resenha de álbum - Nos Bastidores da Falácia - Figurótico


Entregue, cativada, dependente. É assim que eu me sinto, em relação ao novo CD do Figurótico. Se eu exagero? Bom, cada qual tem um gosto pra música, e "Nos Bastidores da Falácia" se encaixou perfeitamente no meu.
Peço licença a quem gostaria de ler uma resenha sobre um álbum de metal ou rock pesado, mas desse aqui eu tenho que falar. Até porque os temas das músicas e a forma de abordagem é tão Rock 'n Roll que transcendem a questão das vertentes dentro do estilo.
Quando ouvi o primeiro álbum do Figurótico (nome da banda e de um de seus integrantes, pra quem não conhece ainda), "Mamãe, Eu Quero Voltar no Tempo", gostei muito. Tanto que me deu até uma pontinha de medo de ouvir o segundo e não gostar tanto assim. Acabei preferindo esse.
O álbum é atrevido e desbocado na medida, com letras deliciosamente ácidas. Fala, entre outros temas, de questões políticas da cidade de Barra Mansa, local de origem da banda, mas podia ser de qualquer outra do Brasil,  já que as situações descritas nas letras se repetem em todas as cidades do interior.
Tenho certeza de que a experiência do Figurótico (integrante - ver seu blog no Rio Sul Net) com as palavras, oriunda do trabalho paralelo como jornalista, contribuiu para a construção de versos como os de "EnTerra Brasilis" e "Quero Ver Bitus de Novo", com seus trocadilhos, inversões e figuras de linguagem. Divertidíssima também é a letra de "Livros", com a qual diversos viciados em música irão se identificar.
Mas é claro que a razão de eu escutar esse disco todos os dias não é só o cuidado com as letras, que ultrapassa as palavras e chega à minúcia das sílabas. As melodias, tanto da guitarra quanto do baixo (Eduardo Pança) são caprichadas, bem construídas e executadas. A bateria (gravada por Erick Leal) também dá o seu show, fechando esse conjunto pulsante com veia oitentista muito bem explorada.
Uma das coisas mais bacanas de uma banda de três é o quanto isso exige dos músicos: não dá pra disfarçar, apoiar uma execução mais ou menos num outro instrumento. E todos ali são extremamente competentes, quem já assistiu a um show deles pode confirmar. Só não falo mais deles aqui neste blog porque o tema é música autoral, e a maioria de seus shows são com músicas de outros artistas. Mas se tudo der certo, ainda terei a oportunidade de fazer a resenha de uma apresentação deles; por enquanto, falo apenas do álbum.
Poderia escrever um texto imenso com cada detalhe de "Nos Bastidores da Falácia", que foi feito com muito cuidado: da capa, pintada por um artista plástico local, retratando um ambiente da Câmara dos Vereadores da cidade; da faixa "Amanheceu", com quarteto de cordas; da participação da Tay Dantas na faixa bônus... Mas vou parar por aqui e deixar o leitor imaginar ou descobrir por si mesmo.
Pra fechar com chave de ouro, quero compartilhar meu novo vício com os leitores: estou sorteando um exemplar de "Nos Bastidores da Falácia". Pra participar, não poderia ser mais fácil: basta deixar aqui neste post quantos comentários quiser, até o dia 25. Eles são numerados (exceto as respostas, que têm letras); irei sortear um deles e enviar o CD ao contemplado(a). Avisarei ao felizardo(a) por aqui e pela fanpage no Facebook.
Boa sorte!

Pra conhecer mais da banda
Site: http://www.figurotico.com - aqui tem o primeiro álbum na íntegra pra baixar.
Soundcloud: https://soundcloud.com/figurotico - ouça "Pátio", faixa 2 e "Amanheceu", faixa 7 do álbum novo.

Hoje, dia 26/01/2013, fiz o sorteio às 10 da manhã. E quem ganhou foi.... A Naty, que fez o comentário nº 2! Parabéns! Vou entrar em contato com vc via MP, pelo FB. Blz?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Banda AdVerita: perfil e entrevista exclusiva


A banda AdVerita é de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Pros leitores de fora do Estado, vale explicar que é um dos maiores municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, pertencente à região da Baía de Guanabara. Essa informação começa a ganhar importância na música pelo fato dessa região ser um celeiro de bandas boas, algumas delas com matérias publicadas aqui pelo Rio de Metal.


Gosto de avaliar a qualidade da banda por sua performance ao vivo. Como ainda não tive a oportunidade de ir a um show deles, procurei material no Youtube. Vi apenas um vídeo gravado ao vivo - uma compilação de covers do Dream Theater, do Angra e do Rhapsody, mas tive muito boa impressão da qualidade dos músicos. Quero vê-los executando suas próprias composições!
Ainda no canal do Youtube, ouvi as músicas do seu EP, que impressiona pela qualidade.


Foi uma boa surpresa saber que um dos integrantes da banda é professor de matemática. Sempre ouvi falar da relação entre a música e os números, mas no caso desta banda ela é bastante próxima!
 Depois de ler o release (no final do post), ouvir as músicas e entrevistas e os ver ao vivo, enviei umas perguntinhas pra banda, por email. Confiram:

Muito legal, vocês serem uma banda de amigos, que conheceram música juntos na infância. Conte um pouco mais sobre os primórdios da banda: aquelas primeiras influências, como o som de vocês foi se transformando... A banda já teve outro nome, outra identidade sonora?
A banda começou a tocar as musicas que gostava de ouvir, no inicio nem pensávamos em sair para tocar, era mais estar com os amigos tirando um som. Antes de se firmar mesmo houve uma troca de guitarristas que influenciou um pouco no rumo da banda.
No rock começamos ouvindo Iron Maiden, depois conhecemos o Angra e ficamos fascinados por uma banda brasileira ser tão boa, sempre escutamos Dream Theater, Kamelot, Hangar, Rhapsody, Adagio,Led Zepelin, Deep Purple e muitas outras bandas.
E como estudantes de música estamos sempre ouvindo de tudo para que a identidade e qualidade de nossas musicas sempre seja a mais rica possível, como músicos nosso lema é  que se a musica é boa estamos lá ouvindo e aprendendo e absorvendo o que é bom.
Nosso som, nossas musicas são o resultado de uma síntese entre a nossa formação musical e as nossas influências, por isso nosso som está em constante transformação, sempre estamos aprendendo algo novo, escutando coisas novas também, então nosso som também estará sempre em movimento eu espero.

Vocês foram destaque da casa de shows onde se apresentaram ano passado, lançaram um EP bem recebido... Façam um balanço de 2012.
Quando a banda começou a tocar não tínhamos nome, éramos um grupo de amigos fazendo musica, simples assim. Depois surgiu a necessidade de um nome, pensamos em vários nomes mas por obra do destino os nomes já existiam em outras bandas, e assim surgiu AdVerita (leia-se AdVérita).
Queríamos tocar em uma casa que fica aqui na nossa região, uma casa muito boa chamada Studio B, conseguimos o contato do senhor Marcos Calafalas que produzia um evento chamado METAL KOMBAT nessa casa. Entramos em contato com ele, e ele sugeriu que nós lançaremos musicas nossas, musicas autorais em um evento dele. Ficamos muito animados com a oportunidade, porem na época ainda não tínhamos musicas autorais. Então em mais ou menos dois meses fizemos a nossa DEMO: UZ para poder lançar no evento, tudo foi muito corrido, as composições, arranjos, letras e gravação da demo tudo feito as pressas. No final das contas deu tudo certo à aceitação foi incrível, muito maior do que esperávamos, o evento foi memorável, as criticas a nossa demo foram boas considerando as circunstancias na qual ela nasceu.
Fizemos muitos shows para divulgar nosso som autoral, tocamos em cassas bem fortes no cenário do RJ, tivemos a oportunidade de tocar no  Espírito Santo onde também fomos recebidos muito bem e fechamos o ano de 2012 com chave de ouro.
Atualmente estamos trabalhando nas composições de um álbum full, e estamos fazendo com muita calma, em breve teremos grandes e boas novidades em relação a produção do nosso primeiro cd que deve ser lançado no segundo semestre de 2013.

Se quiser falar um pouco sobre a relação entre a matemática e a música da banda, fique à vontade. Ou outro assunto que ache importante para que as pessoas conheçam melhor a banda.
Israel (vocalista e fundador da AdVerita) - Quando a AdVerita nasceu eu estava na faculdade de matemática, sempre tive muita facilidade com os números seus padrões e aplicações. E que é a musica se não uma das mais belas aplicações da matemática?
Hoje em dia inclusive quando estou em sala de aula lecionando tento fazer uma interdisciplinaridade entre matemática e musica em varias situações, além de sempre estar aconselhando aos meus alunos estarem atentos a músicas de qualidade, estarem abertos a ouvir coisas novas.
Todos nós da banda sempre tivemos um interesse pela formação musical e estudar música para nós é um prazer enorme, devo dizer que a matemática ajuda muito na compreensão de alguns tópicos para quem estuda teoria musical.
Somos da Baixada Fluminense (RJ) e como qualquer banda de Metal no Brasil estamos na estrada enfrentando as dificuldades naturais que aparecem, mas também estamos focados e com uma determinação muito grande de levar nosso som, nossa energia para todo Brasil  e para todo mundo; estamos nos dedicando muito para que isso aconteça.
Nós da banda AdVerita contamos com todos que apóiam e curtem as bandas nacionais!
Valeu aí galera do Rio de Metal pelo espaço!


Release
AdVerita é uma banda brasileira de metal, formada na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro em 2010, pelo vocalista Israel Pinheiro, o guitarrista Gustavo Pinheiro e o baixista Mateus Machado, como amigos de infância e apaixonados pelo heavy metal a banda surgiu naturalmente com a vontade de criar musica de qualidade. Também participou do processo de formação da banda o musico e amigo Rodrigo Kruguer (Bateria). No final do ano de 2011 completando perfeitamente a banda Kleyton Dionizio (guitarra).
Em abril de 2012 a banda AdVerita faz seu primeiro show em um festival de bandas em Campo Grande - RJ (mondoo live) de onde saiu vencedora e ganhando patrocínio para mais dois shows pelo estado do RJ.
A banda AdVerita passou nos principais palcos do cenário Underground Carioca e teve uma excelente receptividade do publico.
Buscando uma sonoridade diferente do que as bandas de power metal progressivo vem apresentando a banda AdVerita entra em estúdio (ESTUDIO LUX) para a gravação da sua Primeira EP intitulada UZ com quatro musicas autorais.

Influências: Dream Theater, Angra, Symphony X, Kamelot, Rhapsody, ..etc..

Formação:
Israel Pinheiro - Vocais
Gustavo Pinheiro - Guitarras
Kleyton Dionízio - Guitarras
Matheus Machado - Baixo
Rodrigo Víctor "Kruguer" - Bateria

Para conhecer mais da banda:
Soundcloud:  http://soundcloud.com/adverita
Reverbnation: http://www.reverbnation.com/adverita
site: http://www.adverita.com.br
Youtube:  http://www.youtube.com/user/AdVeritaChannel
Facebook: http://www.facebook.com/pages/AdVerita/286895408014819

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Resenha - Tributo a Fabio Costa - Garage Odisseia

Poucas vezes na história do Garage, que eu me lembre, um show começou na hora: os atrasildos como eu sempre ganhavam uma colher de chá, pra não perder o show da primeira banda. Desta vez, como de costume, cheguei atrasada e não consegui ver a Bala n'Agulha. É, quem me deu carona certamente não contava com isso também. E sinceramente, nem eu! Senão, teria sido mais chata com essa questão de horário.

Z1bi do Mato
Quando cheguei, estava no palco Z1bi do Mato, com seu som altamente enlouquecedor. O teatro ainda não estava cheio, mas a galera presente se divertia com as maluquices de Löis e companhia. Ele tinha anunciado uma surpresa no fim do show e ela era... O fim da banda. Após a plateia manifestar alguns lamentos, ele usou seu jeito leve e divertido para encerrar com um clássico "hino" que sempre fecha os shows da banda.

Z1bi do Mato
Logo depois veio a igualmente insana Sex Noise, que agitou a galera com sua performance visceral. Enquanto o show rolava, mais gente aparecia e ia se embalando no ritmo intenso das composições da banda e na expressiva interpretação das letras, por parte do vocalista Larry Antha.

Sex Noise

As primeiras bandas, com seu jeito louco, deixaram o público pronto pra mais. Com a casa ainda enchendo, começou o show da banda Unmasked Brains. E devo dizer que, desde que voltaram aos palcos, seus shows só têm melhorado. Fora alguns percalços resolvidos "sem perder a pose", como disse o vocalista Reinaldo Leal (o baixista conseguiu arrebentar uma das cordas do seu baixo; a mais grossa, por sinal, e a correia da guitarra do próprio Reinaldo também arrebentou), a performance deles foi excelente.

Unmasked Brains

Se você perguntar a algum dos integrantes, vão sempre dizer que faltou alguma coisa, que tocaram uma ou outra música um pouco diferente do que gostariam... Faz parte do jeito preciosista deles, sempre querendo algo mais. O que eu vi, no entanto, foi o público erguendo as mãos muitas vezes, gritando e aplaudindo ao final de cada música, formando rodas e pulando ao som de New Order of Disorder (vulgo "Pula Porra"), Break my Will e a clássica A Máquina, numa impressionante resposta ao metal energético da banda. Apesar dos pedidos da plateia, a tradicional cover de Holy Wars não rolou. Pessoalmente, prefiro assim: gosto quando resolvem fazer um show 100% autoral, sem se apoiar em nenhuma música de outra banda mais conhecida; eles podem fazer isso. Vi também todos os integrantes bem à vontade no palco, interagindo com a platéia, curtindo o momento. E vi muita gente se  emocionando ao assistir o vídeo preparado especialmente para a ocasião.

Unmasked Brains

Como se a galera já não estivesse quente, a coisa pegou fogo quando entrou a Mc's HC. Com sua potente mistura de Funk e Hardcore (também conhecido como Miami Rock), fizeram o público vir abaixo. Nem  os poucos que estavam no bar conseguiram ficar parados. Atenção, desavisados, neste som está contido o verdadeiro Funk: tocado ao vivo e no fundo da alma, com o som de instrumentos reais e pessoas cantando. Aqui não tem pedaços de música dos outros, recortados, colados e exaustivamente repetidos, tampouco batidas eletrônicas acompanhadas de gritos desafinados e sem sentido. Até podia, como complemento da música, mas não: ali estavam baixo, guitarra, bateria e backing vocals de verdade.

Mc's HC
E estava também BNegão, que fez todo mundo pular ao som da Dança do Patinho. Ao final, a subida de Jennyffer Costa ao palco também emocionou bastante. Muito legal ver ali a filha do Fabio, participando de algo que o pai dela tanto amava e sendo recebida por todos de braços abertos.

Mc's HC

Já estaria uma noite perfeita, mas tinha mais. Quem lê o Rio de Metal sabe que este não é um blog que fale muito de cover, tributo... Mas tenho que dar o braço a torcer: os rapazes do The Trooper mandam muito bem: deixaram a platéia muito animada e descontraída, especialmente o Luiz Syren. As fotos desta resenha não me deixam mentir.

The Trooper

Gostei muito de ter visto todo tipo de pessoas ali: várias idades, várias tribos, tudo misturado: do mais velho ao muito mais novo, do aparentemente normal ao declaradamente insano. Se querem saber, até uma fada encontrei!
Foi bom demais. Tudo. As bandas, as pessoas, o astral pra lá de positivo... Contudo, não pude evitar uma pontinha de tristeza ao olhar pro lugar onde o Fabio costumava ficar, sempre rodeado de pessoas. Ele não estava mais ali. Mas deve estar feliz por ter recebido como homenagem uma noite tão especial.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Antes tarde do que nunca - (finalmente) a resenha do Hellveillon!

Primeiro de tudo, peço desculpas pela pausa tão longa... Tirei férias do meu trabalho e resolvi me desligar um pouco do blog, também: dar uma refrescada nas idéias, fazer umas coisas diferentes... Deixei tudo aqui paradão.
Estou cheia de dívidas e começo pagando esta aqui: uma resenha do evento que aconteceu há quase um mês atrás. Bom, antes tarde do que nunca, né? Rs!

Este blog sorteou um ingresso para o evento, e o vencedor nos enviou suas fotos. Além disso, a Vanessa Muzy foi pra lá só pra contar pra gente como foi.


O lugar era bastante amplo, o que era positivo, mas tinha uma certa reverberação. O bar foi fechado algumas vezes, segundo a produção por causa do calor infernal que impedia que as bebidas ficassem geladas rápido. Mas vamos combinar que, com tanta banda boa, nem era ruim parar de focar só na bebida e curtir o som das bandas que se esforçam tanto pra estar lá. Segundo nossa correspondente foi uma medida drástica mas quem sabe um mal necessário até pra mudar esse tipo de postura.


De qualquer forma, o evento teve muito mais pontos possitivos. Um deles foi a escolha das bandas, muito bem feita pela produção. Segundo nossa correspondente, os destaques ficaram pra:
  • Innocence Lost, que ganhou a noite representando o metal com o vocal forte de uma menina estonteante e o peso de uma banda que ainda vai surpreender e muito e só tem a ganhar com os anos de estrada que virão; é o tipo de banda que ela gostaria de rever em breve;
  • Cara de Porco, como sempre levantando a galera!
Mas é lógico que todas as bandas detonaram. Mostraram no evento sua qualidade sonora e atitude de palco Gambrinus74, Filhotes e Gangrena Gasosa.

Sendo assim, se rolar mais uma edição, o Rio de Metal certamente vai querer estar lá!


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