sábado, 25 de abril de 2015

Entrevista exclusiva: Paulo Lopez, produtor executivo do Rio Novo Rock

Quando fui assistir a uma das edições do Rio Novo Rock, fiquei encantada com o que vi (ver neste post). Daí veio a vontade de conhecer mais sobre o evento e ninguém melhor que Paulo Lopez para responder as minhas perguntas. Agradeço a atenção dispensada pelo Paulo Lopez e pela Isabella Ribeiro, que levou adiante minhas perguntas e tornou possível esta matéria.
Conheçam a origem do evento, como ele é feito e outras coisas mais a seguir!

Equipe do Rio Novo Rock. Foto: Leo Mello/Studio Prime

Como surgiu o Rio Novo Rock? Desde o nascimento da idéia, a obtenção do espaço do Imperator, até as primeiras edições...
Havia um embrião inicial sobre a criação de um projeto de rock no Imperator, mas esse era para um fim de semana apenas que coincidisse com o Dia Mundial do Rock. Depois, conversando com a equipe que hoje faz parte do Rio Novo Rock: Diogo Gallindo, Gustavo Genton e Igor Lanceiro chegamos a ideia de fazer um evento mensal. Em seguida veio o formato, o conceito e colocamos o projeto no papel e apresentamos. Fizemos um mapeamento das bandas e DJs de Rock, definimos a data de lançamento, desenvolvemos a campanha de comunicação e começamos a trabalhar para que o Rio Novo Rock se tornasse uma realidade. Daí veio a primeira edição que recebemos umas 400 pessoas, a segunda edição com umas 700... Daí não paramos mais e estamos na 10ª edição.

Foto: Studio Prime

Até agora acompanhei duas edições e vi que vocês costumam colocar bandas correlatas: duas de hardcore em março, uma de stoner e outra de heavy metal em abril. Falem sobre a formatação do evento e também sobre as as implicações disso na divulgação, pois imagino que em cada uma delas o público deva ser ligeiramente diferente.
O formato é: 2 bandas de rock, autorias e do RJ + 1DJ + 1 VJ + público e muito trabalho. Em algumas ocasiões as bandas tem um perfil mais parecido em outras nem tanto. Na última edição e na de abril segmentamos para dar oportunidade a outras bandas dos gêneros que o Rock oferece. Divulgamos para as pessoas que já frequentam para que elas continuem ouvindo bandas novas e de alguma forma tentamos ampliar o nosso raio de ação. O objetivo é trazer mais público, mais integração no cenário do rock independente. Divulgamos basicamente na internet, Rádio Cidade e material impresso.

Foto: Studio Prime

Vocês estão indo para a décima edição agora, certo? Como vocês avaliam o evento, o retorno que está dando a vocês?
Certo, 10ª edição e acreditamos que o evento está em franco crescimento e o retorno é para o Rock, para o público que quer conhecer novos artistas, bandas, Djs... O Rock precisa e está tendo mais espaço no ouvido do público. Esse é o objetivo.

Foto: Studio Prime

Quanto ao cenário do rock independente no Rio de Janeiro como um todo, como vocês o enxergavam antes de iniciarem o projeto e qual a visão que vocês têm agora, em relação às bandas, à receptividade do público, à divulgação de músicas, bandas e eventos...
Não é fácil ser artista independente, assim como em outras profissões ligadas a arte. Existem palcos de todos os tipos e em todos os lugares, mas é preciso também dar condições para o artista se apresentar. A gente tem o apoio do Imperator e conseguimos fazer um trabalho bacana com as bandas e o público, mas é preciso investimento, profissionalismo e união.

Foto: Studio Prime

Shows de bandas independentes, existem aos montes aqui no Rio (mantenho uma agenda deles e tem todo fim de semana, em várias casas, praticamente de quinta a domingo), mas dificilmente dá mais de 100, 150 pessoas. Bem o contrário do que vi no Rio Novo Rock, na última edição que assisti. Meu palpite sempre foi que o lugar faz muita diferença: som, iluminação, organização da casa... E qual a visão de vocês sobre isso?
A nossa média de público é de 500 pessoas. A última edição chegamos a 450 e algumas edições já com 600 / 700 pessoas. Concordo que uma boa produção faz diferença: luz, som, equipe...  O Imperator é um dos melhores espaços culturais do Rio. Isso faz diferença. O evento tem um preço baixo (R$ 5,00 a meia entrada) mas se fosse o dobro acredito que manteríamos a média de público. São várias etapas para se chegar ao resultado final que é o evento acontecendo, para isso tem um planejamento anterior e muita gente trabalhando de forma organizada. Mas o mais importante é o público comprar a ideia e se divertir no evento.

Foto: Studio Prime

Banda maneira é o que não falta aqui no Rio. Pelo menos pra mim! :D Como aquelas interessadas em participar do evento devem proceder para tocar em alguma edição?
Nós estamos sempre ouvindo novos sons e assistindo a shows. Fazemos uma edição ao mês com 2 bandas, no RJ tem uma quantidade enorme de bandas e são elas que tocarão no palco do Imperator, no Rio Novo Rock das próximas edições.

Foto: Rio de Metal
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