sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A primeira vez, a gente nunca esquece...


Estava lembrando do meu primeiro contato com o Heavy Metal. Quando era adolescente, escutava bastante rádio. Cansada da programação sempre igual da maioria das estações, resolvi empurrar o dial mais para o início da faixa de FM e encontrei a sintonia 94,9. Quem é do meu tempo, sabe o que isso significa: Fluminense FM. A programação naquele horário era de rock, mas não pesado. Sempre gostei de rock de uma forma geral, então deixei ali. Acabou aquele programa, vieram os comerciais e a vinheta do programa seguinte. Aquilo já me atraiu. O locutor anunciou uma música de um álbum  novo, Black, de um tal de Metallica. A primeira música de Heavy Metal que escutei foi Sad but True. E acabei ouvindo o programa até o final. Desde então, era obrigatório escutar a Fluminense todo dia, hábito que durou até a rádio acabar. Agora, nem sei mais o som que passa por aquelas ondas; na verdade, faço questão de não saber: por favor, não me contem.
Escutar a Fluminense me fez querer garimpar outras fontes desse som maravilhoso, pesado, agressivo, intenso, cheio de uma energia inexplicável e arrebatadora. Bom, pelo menos pra mim.
Observando as propagandas da MTV, percebi que havia dois programas com Rock: o Gás Total e o Fúria Metal. Preciso dizer qual dos dois gostava mais? Aí a outra coisa que passou a me encantar foi a linguagem visual do Heavy Metal, as roupas escuras, aquelas botas pesadas, coturnos, calça rasgada, enfim... Estava dominada por completo, em todos os sentidos possíveis: visão, audição e tato. Até porque não sei como esse domínio se manifestaria no paladar e no olfato...
Passei a gravar a programação da Fluminense. Na época, era comum esperarmos uma determinada música para gravar em cassete. Pois bem, fiz isso várias vezes. E nas lojas, enquanto minhas amigas procuravam os CDs do New Kids on the Block, eu ia atrás de Fear of the Dark, então lançamento do Iron Maiden. Acho que foi uma boa troca.
Vários outros CDs vieram para minhas prateleiras, uns bons, outros nem tanto. Claro que Heavy Metal não foi a única coisa que escutei, até porque na verdade sou bem eclética. Como sempre gostei de dançar, o pop e várias vertentes de rock, entre muitos outros estilos, também me acompanharam. Mas o meu xodó é o metal.
E mais ou menos nessa fase, conheci um baterista maneiro, namorei, casei e agora é ele que ajuda a aumentar a coleção de CDs lá de casa. Mas isso já é outra história...

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