Estava lembrando do meu primeiro contato com o Heavy Metal.
Quando era adolescente, escutava bastante rádio. Cansada da programação sempre
igual da maioria das estações, resolvi empurrar o dial mais para o início da
faixa de FM e encontrei a sintonia 94,9. Quem é do meu tempo, sabe o que isso
significa: Fluminense FM. A programação naquele horário era de rock, mas não
pesado. Sempre gostei de rock de uma forma geral, então deixei ali. Acabou
aquele programa, vieram os comerciais e a vinheta do programa seguinte. Aquilo
já me atraiu. O locutor anunciou uma música de um álbum novo, Black, de um tal de Metallica. A
primeira música de Heavy Metal que escutei foi Sad but True. E acabei ouvindo o
programa até o final. Desde então, era obrigatório escutar a Fluminense todo
dia, hábito que durou até a rádio acabar. Agora, nem sei mais o som que passa
por aquelas ondas; na verdade, faço questão de não saber: por favor, não me
contem.
Escutar a Fluminense me fez querer garimpar outras fontes
desse som maravilhoso, pesado, agressivo, intenso, cheio de uma energia
inexplicável e arrebatadora. Bom, pelo menos pra mim.
Observando as propagandas da MTV, percebi que havia dois
programas com Rock: o Gás Total e o Fúria Metal. Preciso dizer qual dos dois
gostava mais? Aí a outra coisa que passou a me encantar foi a linguagem visual
do Heavy Metal, as roupas escuras, aquelas botas pesadas, coturnos, calça
rasgada, enfim... Estava dominada por completo, em todos os sentidos possíveis:
visão, audição e tato. Até porque não sei como esse domínio se manifestaria no
paladar e no olfato...
Passei a gravar a programação da Fluminense. Na época, era
comum esperarmos uma determinada música para gravar em cassete. Pois bem, fiz
isso várias vezes. E nas lojas, enquanto minhas amigas procuravam os CDs do New
Kids on the Block, eu ia atrás de Fear of the Dark, então lançamento do Iron Maiden. Acho que foi uma boa troca.
Vários outros CDs vieram para minhas prateleiras, uns bons,
outros nem tanto. Claro que Heavy Metal não foi a única coisa que escutei, até
porque na verdade sou bem eclética. Como sempre gostei de dançar, o pop e
várias vertentes de rock, entre muitos outros estilos, também me acompanharam.
Mas o meu xodó é o metal.
E mais ou menos nessa fase, conheci um baterista maneiro,
namorei, casei e agora é ele que ajuda a aumentar a coleção de CDs lá de casa.
Mas isso já é outra história...
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