segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Morre Fabio Costa, um dos fundadores do Garage Art Cult

Foto: Reinaldo Leal.

Fabio Costa, que dedicou uma boa parte da sua vida à cena do metal carioca, criou junto com  Paulo ”Hans” Jr mais que um lugar; uma lenda.

O Garage Art Cult, que funcionava num antigo casarão na Rua Ceará, abriu espaço para diversas bandas florescerem no cenário da música independente carioca, várias delas alcançando um espaço no mainstream. Em seu palco, construído pelas próprias mãos do Fábio, subiram bandas como  Ratos de Porão, Matanza, Gangrena Gasosa e Planet Hemp. Lá também morou Marcelo D2, como relatado no livro Esporro, de Leonardo Panço:  "muito pouco (ou quase nada) teria acontecido sem o clube escuro e quente da Rua Ceará, na Praça da Bandeira, perto do Centro do Rio. (...) Pra se ter uma noção da importância do Garage, quando Marcelo D2 marcou o primeiro show do Planet Hemp por lá, o grupo nem existia. Ele foi forçado a arrumar pessoas para tocar. Quer dizer, quem sabe se sem o Garage, Marcelo nem teria montado o grupo. No caso específico de D2, a importância do Garage vai bem mais longe. Foi no palco do clube que ele morou, em tempos de vacas bem magras."


Guerreiro e idealista, não há como esquecer o quanto ele se dedicava ao Garage, o quanto curtia cada banda nova que entrava lá. Nem as críticas pesadas que fazia a quem lhe pedisse determinadas concessões na programação ou no espaço do Garage, caso ele não concordasse...

Fabio estava lutando contra o diabetes, problemas cardíacos e renais. Ficou meses hospitalizado por conta destes males e também de uma calcinose cutânea. Nem por isso deixou de frequentar tantos shows quanto pôde, da marca do Garage no Odisseia, assim que saiu do hospital.

Com seu jeito irreverente e opiniões fortes vai deixar os bangers cariocas com muitas saudades...

5 comentários:

  1. Sem dúvidas nos fará grande falta na cena. Ele deixou seu legal, um grande legado, e que está nas mãos de cada um.

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    1. Sem dúvida, Natália! Ele deixou um legado de respeito, que deve ser continuado. Acredito que ninguém tenha a força de vontade que ele tinha pra contruir e levantar a cena do metal aqui no Rio, mas se cada um de nós se empenhar um pouco mais que antes, quem sabe juntos possamos fazer jus, ou pelo menos chegar perto do que o Fabio era capaz de fazer...

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    2. Se foi fisicamente, mas seu nome e seu ideal permanecerão sempre!

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  2. Uma perda imensa para o underground. Guerreiro e conhecedor dos caminhos para através das dificuldades, criar meios de prosseguir.

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