quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Quer fazer o som independente ficar conhecido? Então fure a bolha!

A não ser que tocar em shows vazios seja mesmo a sua praia...
A imagem foi montada usando originais daqui e daqui.
Estamos vivendo um momento no qual a exposição é extrema. Muitos se degladiam por um lugar ao Sol, fazendo sombra uns nos outros.
Quando se trata de um empreendimento, então, essa exposição é vital. Se até o pipoqueiro da esquina tem seu espaço na Internet (veja bem, isso não é uma figura de linguagem - o pipoqueiro que trabalha perto de mim tem mesmo um blog, veja: http://nelsinhodapipoca.blogspot.com), acredito que uma banda, um espaço para shows, uma marca, um selo, todos esses devem ter também.
Mas não basta cravar sua bandeira num punhado de bits e bytes e achar que está tudo resolvido: há toda uma engrenagem que deve ser movimentada, e que não pode parar. Um blog precisa de posts, uma página no Facebook precisa de informações no mural, e por aí vai. Para alimentar essa máquina, é bom também acrescentar um pouco de exposição constante ao grande público: revistas, espaços especializados na Internet, jornais.
 Existe uma diversidade de meios de comunicação na Internet, gratuitos, que não vejo sendo explorados por pessoas que compõem o cenário Underground. Pra citar alguns, há o Guia da Semana, o Lá na Lapa e o TodoRio. Este primeiro, dia desses visitei e percebi que não havia nenhuma resenha sobre Teatro Odisséia, então resolvi fazer a minha, errada ou não. Foi lida pelos donos do site, aprovada e publicada. Quem quiser, confere aqui. Toda e qualquer pessoa pode fazer um cometário sobre um evento que frequentou... E o melhor, é de graça!
Não adianta divulgar shows independentes apenas para quem é do meio; não faz sentido limitar-se a isso! Tem gente que gosta de rock e metal e não sabe dos shows que rolam, simplesmente porque ainda não divulgam os eventos no espaço de comunicação que ela costuma acessar. É preciso explorar novos espaços e preenchê-los. Merecem atenção especial os lugares dedicados a divulgar eventos de todo tipo de música. Afinal, eles são pra divulgar qualquer tipo de música, certo? Em matéria de Facebook, já consegui comentários positivos postando links no Baladas in Rio, no TodoRio e no Guia da Semana.

Mas quando se fala de espaço pago, é comum ouvir que comprar um espaço na mídia custa caro. Caro quanto? Pra facilitar as coisas, pesquisei alguns preços de diversos meios de divulgação, com sugestões do que divulgar em cada espaço, só pra ter uma idéia. Talvez minhas idéias não sejam das melhores, já que não sou do ramo de publicidade. A propósito, sugestões são bem-vindas!
  No Metrô, por exemplo, há uma modalidade chamada "Take One", na qual você imprime flyers e mais um cartaz pequeno e os deixa expostos em frente à bilheteria. O custo desse tipo de propaganda, fora a impressão, exposta na Carioca, custa R$440,00 por semana, por bilheteria. Três painéis em um carro (pra complementar e reforçar a propaganda), custam R$2.300,00. Muito para uma banda sozinha, mas razoável para umas 4 bandas e mais uma casa de shows.
 O Metrô Rio ainda disponibiliza um espaço gratuito para divulgação de eventos a preços populares (até R$ 20, segundo consta no site da empresa). Nesse espaço, podem ser expostos cartazes tamanho A3 ou A4, a serem aprovados pelo Departamento de Comunicação. Ficam em exposição por 15 dias. Saiba mais clicando aqui. Dica... Preencher o formulário dessa página não é a melhor forma de obter uma resposta. Use o telefone 0800 595 1111!
Para anunciar no Google, gasta-se a partir de R$40,00, aproximadamente. Os anúncios são direcionados a buscas, ou seja: você define as palavras-chave com as quais deseja estar associado, e quando elas são buscadas, seu anúncio aparece. Pode-se pagar por clique ou por exposição. Analogamente, a propaganda no Facebook também e por contexto, oferecendo ainda a opção de mostrar quem do seu grupo de amigos curte o produto exposto. Também custa pouco.
Há ainda as revistas especializadas (a Boa Dica do Centro tem anúncios a partir de R$100,00), os jornais gratuitos, os espaços especializados na Internet. São muitas as opções de exposição, escolhendo com inteligência e montando uma boa estratégia, pode-se chegar a uma divulgação adequada sem pagar tanto. No Guia da Semana,por exemplo, o valor mínimo de investimento é de R$1.000,00, mas o valor de diária dos anúncios é a partir de R$60,00 (ou pelo menos foi isso que eu entendi). E, de graça, podem ainda ser sugeridas inclusões de eventos e estabelecimentos através da página de contato. O mesmo vale para o Lá na Lapa e Baladas in Rio.
Divulgação, assim como a prática de um instrumento musical, é diária, um trabalho de formiga. Eu que o diga, para conseguir esses 1500 acessos em 3 meses, foi duro (até o fim desse mês, acho que consigo! He! He!). E ainda não acabou, pois essa é minha meta semanal. Pode parecer estranho mas, em breve, mesmo sem ganhar nada com isso, vou arriscar umas propagandas pagas, usando economia e bom senso. E vocês?

6 comentários:

  1. ai do caralho!! desculpe a palavra...mas li do começo ao fim, e concordo com voce que falta muita publicidade no underground...penso ate que o motivo de esta morrendo em certo lugares e por falta disso joga o publico pra cima, mostra quanto o evento vai ser bom...e claro apresentar um bom show!!

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  2. Severe Disgrace, obrigada pelo comentário! O público do Metal está por aí, meio disperso... Tem aquela galera fiel, que está sempre nos eventos (pequena, né, vamos combinar) e tem o público eventual, esse sim grande, mas que nem sempre está a par dos shows, etc. Os eventos grandes são massivamente divulgados e os pequenos carecem disso. Não adianta abaixar cada vez mais os preços de ingressos, nem divulgar nos lugares de sempre... É preciso divulgar no mesmo lugar que os shows grandes, ainda que com menos visibilidade (pois não dá pra gastar muito sem ganhar, certo?), aproveitando espaços gratuitos e de menor custo. E, claro, como disse, apresentar um bom show!
    Fique à vontade pra sempre comentar.

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  3. ahuhuahua! Sabia q os nossos papos iam dar em post! Cara, concordo com vc. É como nós já falávamos: mtos dos evento de rock e metal ficam relegados a uma publicidade fraca, onde somente um punhado d gente fica sabendo. A minha analogia: QUANTOS CARTAZES DE SHOW DE PAGODE, SAMBA E FUNK VC VÊ? Vários! Agora, propagandas sobre eventos de rock e metal a gente quase não vê. E tem mtas pessoas q curtem esses estilos, querem ir à bons eventos, mas acabam desinformadas. É preciso expandir, invadir maior espaço de mídia, e sim, de fato, gastar mais dinheiro. Nem q pra isso tenhamos q recorrer à leis de incentivo e investimento...Isso aí! Tem q trabalhar! rsrs

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  4. Concordo, concordo e... Concordo, Marcelo! Mas mesmo a propaganda deve ter qualidade. Só pra ilustrar um pouco mais, segue aqui o link pra matéria "Poluição visual nas cidades: tanta propaganda funciona?"
    Vale a pena uma lida, pra não errar a mão.
    Descobri essa revista eletrônica no curso gratuito que estou fazendo e comentei no post Produzir pra valer.

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  5. Creio que com tantas ferramentas o underground esteja mais amparado, mas cabe a cada banda não somente fazer sua propaganda, como mantê-la atualizada e atrativa.

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    1. Com certeza, Vanderlei! O primeiro contato que temos com o material de uma banda quase sempre é visual, seja pela Internet, na gôndola de uma loja, numa revista ou mesmo no palco de um show underground.

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