Reinaldo Leal é guitarrista e vocalista da banda
Unmasked Brains. Criou esta resenha do show do dia 19/08 no Garage Odisseia e enviou aqui pro Rio de Metal.
Confiram!
Mais uma vez venho para colaborar com este Blog, após comparecer no evento “O retorno da blasfêmia”, que marcaria
o retorno da banda de Black Metal Mysteriis, realizado sob a produção Garage
Art Cult, no Teatro Odisséia.
Antes mesmo do show começar, já
havia a primeira novidade da noite: a cortina na frente do palco, que marcava a
abertura de cada show na época de Garage na Rua Ceará, e que permitia
tranquilidade e causava suspense para as apresentações das bandas. E não
poderia ser em dia melhor, pois surpresas aconteceram do início ao fim do
evento.
Estava escrevendo uma resenha
padrão, mas sinceramente, o grande Marcos Garcia (
http://metalsamsara.blogspot.com/)
estava lá para assistir aos shows e também com o propósito de cobrir o evento,
então resumo minhas palavras em dizer: shows foooodas, impecáveis.
Imperador Belial abriu o show e
cumpriu seu papel, acendendo o público presente. Nota para a participação de
Leon Manssur (Apokalyptic Raids) em uma das músicas.
Impacto Profano entrou em
seguida, com a pressão sonora de sempre e visual impecável. Durante o show o
Teatro Odisséia encheu de vez, e a apresentação da banda aproximou o público do
palco, que a essa altura já estava completamente envolvido.
Castifás foi a terceira banda, e
partir daí, poucas palavras podiam descrever o que acontecia: delírio, catarse coletiva. Com o tradicional
visual, e contando agora com mais um guitarrista, que trouxe muito mais peso e
consistência no som da banda. Ao abrir das cortinas, o público ficou em êxtase
ao ver que, dentre todos os ornamentos, havia uma cabeça de porco (de
verdade) dividindo a frente do palco com Mr. Hortel Infernum. A partir daí,
loucura generalizada. Todos com seus telefones e máquinas na mão para
fotografar o Suino Head, além de um moshpit que ocupou quase que todo o Odisséia. Um doido da plateia não sossegou enquanto não pegou a cabeça de porco e a levou para agitar no
meio da galera, loucura.
Mas acha que acabou? Que depois
daquilo não tinha mais como elevar o nível de insanidade do público? Engano seu. A
principal banda da noite, Mysteriis, estava por vir. E veio. Veio com toda
força possível. Veio para arrebentar tudo que já estava arrebentado! Ao abrir
das cortinas, o que se viu foi a perfeição no que se refere à produção
artística de uma banda: visual dos integrantes, decoração do palco com backdrop
(pano de fundo) fantástico, velas acesas e um tridente em chamas, muitas
chamas! E o público viu, boquiaberto, o início do show, com os integrantes
imóveis; o silêncio que denunciava o transe coletivo, até que o som começou, adicionando outro elemento à festa: qualidade musical!
Bem, sem mais, parabéns a todos
os envolvidos, parabéns à produção do garage Art Cult, parabéns as bandas,
parabéns ao público. É possível, sim, fazer shows underground com qualidade!
Sobre Unmasked Brains:
Bandas, que tal escreverem sobre o show que assistiram? Mande seu material e links para
riodemetal@gmail.com!
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